Professora e aluna

Capítulo 43

Pov. S/N

-S/N… - Ouvi a voz de Lana.

Imediatamente a olhei e lá estava ela, parada em frente as escadas, sua respiração parecia acelerada, como ela tivesse corrido para chegar ali.

Estava feliz de ver ela, de saber que ela não estava com o Henry como todos diziam. Me distanciei da porta e andei em sua direção. Minha vontade era de beijar ela ali mesmo, matar a sede que minha boca sentia dela, mas não, muita coisa precisava de explicação.

-Precisamos conversar - Disse assim que parei em sua frente.

-Sim... Precisamos - Seu olhar desviou-se do meu - Tudo bem, Vanessa?

-Claro, Lana, já estou de saída! - Vanessa disse passando por nós, já descendo as escadas.

Sem demora, Lana segura em minha mão me levando de volta para a porta, onde entrou e para a minha surpresa estava vazia, entrei e me sentei na cama enquanto a observava.

-S/N... Desculpa - Ela pedia, enquanto andava de um lado para outro, me deixando nervosa - Eu estou errando com você... Me desculpa.

-Lana, para de andar! - A puxei pela mão e a mesma se ajoelhou perto de mim - Me escuta... Eu fiquei nervosa sim, por conta do vacilo que você deu domingo, mas já passou e…

-Não... - Ela me interrompeu, começando a chorar - Você não entende, não é só isso...

-Então me diz, amor... Se abre comigo... – Segurei seu rosto com minhas mãos, fazendo com que ela me olhasse.

-Eu... Beijei o Henry - Ela confessou, me deixando sem reação.

Não conseguia acreditar no que eu tinha acabado de escutar, as mãos que seguravam seu rosto logo se afrouxaram, mas Lana segurou.

-Você beijou ele? - Lágrimas já caíam pelo meu rosto, meu coração doía, as fichas pareciam cair lentamente. Uma parte minha acreditava que Lana começaria rir e dizer que tudo não passou de uma brincadeira. Mas a vida não é assim, ela é bem mais dura.

-Nós...

-Fala Lana! - Gritei

-Nós quase transamos - Ouvir aquilo acabou comigo, imediatamente me afastei de Lana, levantando da cama - Mas não significou nada, foi um mero beijo e…

-Quando? - Agora eu que andava de um lado para outro, não conseguia acreditar que isso estava acontecendo - Fala!

-Domingo... M-Mas eu bebi e...

-Não culpe a bebida pelos seus erros!

-Meu amor, eu te amo me desculpa - Lana chorava, ainda ajoelhada.

-Que droga de amor é esse? Se realmente me amasse, não me trairia. O que veio fazer nessa festa, em!? Continuar de onde parou?

-Não. Eu vim dar um basta nisso tudo! Mas… - Ela abaixou a cabeça

-Mas o que Lana? Olha para mim! - Gritei

-Me perdoa...

-Claro... Não precisa nem falar - Ria de nervosa, como pude ser tão idiota de confiar nela.

-Mas não transamos, eu pensei em você...

-Pensou em mim? Você está se escutando? Se tivesse realmente pensado em mim, nem sequer um beijo você trocaria com ele! - Falava tudo que estava engasgado em minha garganta.

-Meu amor… - Lana se levantou e veio em minha direção.

-Não... Não toque em mim, se afaste! - Me distanciava.

-Me perdoa! - Lana suplicava, mas nada do que ela falasse iria melhorar a dor que eu sentia em meu coração.

-Me esquece, não me procura nunca mais! Finge que eu morri para você, pois você morreu para mim!

Disse saindo às pressas dali, precisava ir embora, precisava respirar, precisava pensar. Assim que saí da casa de Henry, segui a pé até o portão daquela mansão, ou seja, andei bastante. Mas nem me importei, eu queria espaço, eu queria ar.