Pov. Lana
Assim que beijei a S/N, foi questão de segundos para eu sentir uma ardência em meu rosto. Ela me deu um tapa?
-Nunca, NUNCA me beije a força! - S/N disse com raiva, se afastando novamente.
Eu estava com a mão no local em que ela havia batido. Mesmo doendo muito aquele tapa, sei que eu merecia. Ela é o amor da minha vida e a deixei escapar por uma burrice.
-S/N… me perdoa. O que eu preciso fazer para você me perdoar? - já não tinha mais o que dizer, não sabia o que fazer.
-Se afasta de mim. Não me procure mais, não me mande mensagens, não me ligue. Se afaste de mim... Só assim conseguirei te perdoar um dia. - Ela falava com tristeza em seu olhar.
Naquele momento minha ficha pareceu cair, perdi ela... Perdi o amor da minha vida. Sem nenhuma despedida, nem um simples tchau, ela voltou para o restaurante me deixando sozinha.
Comecei a andar sem rumo, deixei meu carro estacionado e andei, andei umas cinco quadras até chegar em um bar.
-Quero um whisky! - Pedi já me sentando perto da bancada onde preparavam as bebidas.
-Quantas doses? - A moça perguntou.
-A garrafa! - Exclamei e a mesma não me questionou mais.
Bebendo meu whisky, tentando esquecer tudo o que aconteceu, eu constatei o quão falha fui, o quão fácil eu fui. Me joguei nos braços de um cara qualquer... S/N tem razão, eu não mereço o amor dela... Não depois do que eu fiz.
Escorei na bancada e deixei a dor me dominar... Não segurei as lágrimas, não segurei a dor. Não tinha como, eu merecia tudo aquilo, ainda mais porque causei tudo aquilo.
-Dia ruim? - A moça do bar perguntou, me tirando da fossa que havia entrado.
-O que você acha? Sou a única que está tentando ficar completamente bêbada no meio da tarde - Respondi fitando a garrafa de whisky, que estava pela metade.
-Sei que mal me conhece, mas falar sobre o que aconteceu ajuda muito! - Ela falou fazendo meu olhar focar o dela.
A mulher não tinha piercing, nem tatuagens. Era ruiva, dos olhos castanhos, não parecia uma bartender.
-Você é psicóloga? - Respondi sem papas na língua.
-É, não sabia? Para ser bartender, precisamos
nos formar em psicologia. - Ela retrucou irônica.-Hummm - Respondi indiferente - Você poderia me deixar em paz com a minha bebida?
-Chorando, atitude agressiva, bebendo ao meio-dia… Diria que está sofrendo por amor. Acertei? - A mesma disse, se apoiando na bancada e me observando.
-Não vai me deixar em paz se eu não contar né?! - Resmunguei.
-Não! - A mesma sorriu - Pode começar, estou esperando...
Dei por vencida e comecei a contar sobre mim e a S/N. Desde o começo até agora... A mesma não me olhou torto nem me julgou, na verdade, fiquei bem surpresa, pois sua única pergunta foi:
-Como fará para reconquistar a confiança dela?
-Não faço a menor ideia, ela não me quer por perto. - Disse cabisbaixa.
-Ela está com raiva, foi uma traição. Você esperava o que? Que ela te perdoasse de uma hora para outra?
-É... - Retruquei terminando de tomar o whisky em meu copo, já me servindo mais.
-Já chega de beber - A mesma tirou a garrafa de minhas mãos - Não será com bebida que você vai resolver as coisas!
-Ei, eu vou pagar por essa garrafa! - Reclamei.
-Ótimo! Bebe, aposto que a S/N ama quando você bebe! - Ela lançou o que contei contra mim.
-Que jogo baixo, eu mereço, eu tô sofrendo...
-Não, ela está sofrendo, você só está colhendo o que plantou! Olha, esse é o meu número - Ela me entregou um cartão - Me ligue se precisar de ajuda. Agora vai para casa, tire um tempo para você e pense nos seus próximos passos. Acho realmente que ela pode te perdoar, mas não será tão cedo...
Peguei o cartão de sua mão, nervosa por não ter pegado a garrafa. Assim que levantei senti uma vertigem e desequilibrei para o lado, me apoiando na mesa.
-Você realmente é fraca para bebida hein - A moça rapidamente me ajudou a sentar na cadeira, via tudo girar lentamente - Cadê seu celular? Vamos ligar para alguém vir te buscar.
-Não sei - Respondi aérea, procurando o celular que não estava em meu bolso. Provavelmente o perdi na briga com a piranha da Vanessa. - Eu, Eu... Preciso chegar até o meu carro! - Disse na intenção de me levantar, já sendo impedida pela mesma que me fez sentar novamente.
-Não vai chegar até carro nenhum... - Ela pegou seu celular - Conhece algum número? Alguém que eu possa ligar? Eu te levaria sem problemas, mas não posso deixar o bar agora.
-Da S/N - Sorri com a ironia - Só o número dela que eu lembro.
-Meu Deus... Bom, já que não tem outra opção, vai ela mesmo, coloca o número dela aqui! - Ela me passou o celular e eu coloquei.
A mesma pegou o celular novamente e se distanciou de mim, acompanhei com os olhos e ela parecia nervosa. Será que S/N estava negando me ajudar? Mil coisas passavam pela minha cabeça, mas de qualquer jeito teria que esperar para saber qual seria a resposta.
-Ela está vindo! - A moça falou, guardando seu celular novamente.
-O que ela disse? - questionei
-Nada demais... - A mesma disse puxando uma cadeira e se sentando ao meu lado - Mas ela pareceu nervosa e preocupada. É um bom sinal, ela ainda se importa com você, se fosse o meu ex, eu mandaria ele se virar sozinho!
Rimos juntas
-Você tem cara mesmo de ser hétero, sem coração. - Falei.
-Deve ser porque sou, já você… Chamaria de confusão ambulante - Ela brincou.
-Como é seu nome mesmo? - Perguntei apoiando meu braço sobre a mesa, já deitando sobre eles. A bebida além de me deixar tonta, estava me deixando com sono.
-Meu nome é Madelaine e o seu? Sei o nome da sua amada, mas não sei o seu - Ela riu.
-Lana! - Falei piscando lentamente, o sono já estava vindo sorrateiramente.
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Professora e aluna
FanfictionS/N é uma garota dedicada aos estudos que acaba por se apaixonar pela sua professora da faculdade, Lana del Rey. Será que o sentimento que S/N nutre por ela irá ser recíproco? Será que elas ficarão juntas no final? Obs: Essa fanfic é uma adaptação...