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No dia em que Scar me levou para roubar os dados do celular de Reeve, lembro muito bem de ter encontrado Thalia na saída

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No dia em que Scar me levou para roubar os dados do celular de Reeve, lembro muito bem de ter encontrado Thalia na saída. Pelo ódio que sentia por ela e por acreditar que ela nunca amou meu irmão de verdade, nem mesmo analisei os riscos de parar na entrada da Cafeteria com ela. Não pensei que Reeve poderia me ver através das paredes de vidro ou que ele a conheceria. Simplesmente não pensei. E lá estava eu, me sentindo uma idiota quando ouvi meu irmão contar que naquele momento, no meu primeiro encontro com um inimigo declarado de Nathan, Reeve me reconheceu.

Não no começo, é claro. Ele estava em uma missão para roubar o homem de terno e gravata que falava ao telefone e compartilhava algumas informações importantes que Reeve iria precisar. Claro, lá estava eu, aparecendo de repente, esbarrando café quente nele e levando seu casaco para lavar com sabonete barato e água fria. Eu estava nervosa naquele dia, queria que aquilo terminasse antes mesmo de começar e lembro bem do desespero em mantê-lo por perto para que o dispositivo que estava escondido em mim copiasse todos os dados do celular que estava com Reeve.

Para piorar a situação, eu realmente o roubei. Levei seu celular comigo mesmo sem ter uma ideia clara do que faria com ele, mas encontrei a oportunidade perfeita para fazê-lo.

Tahoe contou que Reeve me viu com Thalia antes dela entrar na cafeteria. Esse foi o primeiro passo para que ele me reconhecesse. Reeve perguntou sobre mim e, é claro, ela contou quem eu era. No entanto, o problema era que Reeve não sabia o motivo de ter esbarrado nele, até perceber que eu havia roubado seu celular.

"Um a zero para mim", eu diria. Mas não, a partir desse ponto, ele começou a desconfiar de Nathan. Afinal, seria fácil para seu inimigo nas ruas usar pessoas conhecidas para roubá-lo, e Nathan seria capaz disso.

Reeve me seguiu, me viu com Scar quando rasgamos o pneu do carro de Thalia e nos acompanhou até Crescent Valley. Foi lá que vi meus pais no posto de saúde e deduzi que estavam lá por causa de Tahoe. No final das contas, eu estava certa, porque já tinha testemunhado aquela cena várias vezes, já que em outras vezes eu até segurava sua cadeira de rodas enquanto nossos pais conversavam com os médicos. Então, seria mais que normal eu presumir que ele estava morto. Era mais que natural que eu pedisse para Scar voltar e não ver o que eu havia feito com meu próprio irmão.

No entanto, Reeve não deu meia-volta e me seguiu até o galpão de Nathan. Ele poderia ter descoberto onde seu inimigo estava se escondendo, mas, em vez disso, permaneceu em Crescent Valley, observando a movimentação no posto de saúde até conseguir entrar sem ser reconhecido por meu pai. Era irônico até, que um dos bandidos de Nevada fosse amigo do filho de um policial de uma pequena cidade no estado. Reeve encontrou meu irmão em uma cama, Tahoe estava profundamente adormecido, embora a máquina de batimentos cardíacos emitisse um som irritante, com os pulsos cheios de ataduras e algemas que o impediam de sair. Ouvir aquilo me fez chorar novamente, apenas pelo fato de conseguir imaginar a cena que meu irmão descrevia por já tê-lo visto assim. E doía, doía tanto ver Tahoe machucado.

Correr e viver 2 - DuologiaOnde histórias criam vida. Descubra agora