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Reeve demorou exatamente o tempo que precisei para conversar com meu irmão e matar um pouco da saudade que já estava sentindo de não tê-lo por perto

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Reeve demorou exatamente o tempo que precisei para conversar com meu irmão e matar um pouco da saudade que já estava sentindo de não tê-lo por perto. É claro que, para alguém que achava que Tahoe estava morto, ter qualquer mínimo momento com ele já era muito importante para mim. Agradeci mentalmente por Reeve ter nos dado privacidade, mas, quando o vi sair do banheiro com apenas uma toalha enrolada em sua cintura, deixando a mostra músculos e tatuagens, decidi que era hora de criarmos mais uma regra.

- Regra número quatro. Você não pode ficar andando assim. - falei, jogando seu telefone sobre a cama.

Reeve ergueu o olhar em minha direção no caminho que fazia até sua mala. Ele não disse nada, apenas me encarou por alguns instantes antes de decidir ignorar minhas palavras ao voltar sua atenção ao que estava prestes a fazer. Vi quando ele retirou uma arma, que parecia uma metralhadora, colocando-a sobre a cama, puxando panos pretos logo em seguida do que parecia ser uma roupa. Eu poderia ter ficado assustada com aquela arma, mas estava com raiva por ter sido ignorada que não pensei duas vezes ao caminhar decidida até o banheiro. A ideia de fazer o mesmo passou pela minha cabeça, mas ela se esvaiu da minha mente quando meus olhos encontraram um ambiente nojento e sujo. Era como se ninguém parasse um minuto para limpar o lugar, mesmo que fosse demorar talvez dias para isso.

Voltei rapidamente para o quarto a tempo de vê-lo subir as calças jeans, fechando o zíper ao erguer o rosto encontrando meus olhos sobre ele.

- Você vai ficar de frescura ou vai tomar banho? - perguntou ele.

- Você deveria ir se ferrar. - retruquei ao caminhar até minha mala.

Diferente dele, eu não estava acostumada com moteis sujos e banheiros nojentos como aquele, mesmo achando que Nathan me levaria a um lugar como aqueles quando me sequestrou, fiquei aliviada e chocada por encontrar um apartamento digno de capa de revista. Também não foi diferente da casa no lago de Reeve, com madeira quentinha e um banheiro que até tinha uma banheira.

Então, não. Eu não pararia com a frescura enquanto tivesse medo de tocar em qualquer coisa ali.

Ignorei seus olhares acusatórios quando procurei uma roupa limpa, ignorei suas bufadas quando decidi que banho não seria importante naquela missão e sem pedir licença ou até mesmo virar de costas para ele, abri o botão da calça jeans deslizando o tecido até meus pés.

- O que está fazendo? - Reeve perguntou quando joguei a calça sobre a cama, ficando apenas de calcinha e a parte de cima da roupa.

Ergui o olhar em sua direção encontrando suas bochechas discretamente rosadas, me fazendo sorrir ao erguer as sobrancelhas em resposta.

- Regra quatro! - lembrou ele.

Dessa vez, meu sorriso aumentou com o gostinho que era sentir um tiquinho de poder e sem dizer qualquer coisa em resposta, vesti uma calça nova sem olhar em sua direção. Me preocupando muito mais em qual camisa preta escolher do que ver a cara de Reeve que eu podia sentir que ainda me encarava.

Correr e viver 2 - DuologiaOnde histórias criam vida. Descubra agora