03 ⚡️

145 19 2
                                    

Movimentei meu corpo tentando tirar a cadeira do lugar e forçar minhas pernas para se libertar da cinta que apertava sobre o jeans, machucando minha pele

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Movimentei meu corpo tentando tirar a cadeira do lugar e forçar minhas pernas para se libertar da cinta que apertava sobre o jeans, machucando minha pele. Tentei libertar minhas mãos, mas tudo foi em vão. Aquilo era o meu fim, agora eu tinha certeza disso. Se antes achava que seria Nathan quem me mataria, agora eu sabia que quem faria o serviço seria Reeve. Eu poderia até pensar que os dois estavam armando algo contra mim, me pegando desprevenida como um coelhinho inofensivo que achava que estava no controle. Era típico de mim acreditar que tinha o controle de tudo, típico enganar a mim mesma. Ah, Hazen Morgenstern, se você não conseguiu controlar sua vida, sua família, seu irmão, não conseguiria controlar esses bandidos.

Mas uma coisa eu conseguia controlar com maestria: meus sentimentos. Por mais que estivesse desesperada e com medo, por mais que quisesse chorar e suplicar pela minha vida, eu não iria fazer isso para aquele homem que parou na minha frente com um sorriso no rosto.

– Está esperando o quê? Eu sei que não veio para me soltar. – falei, engolindo várias vezes o nó que se formava em minha garganta. – Achei que Reeve faria o serviço em vez de mandar um capanga. Que tipo de chefe é esse que não quer sujar as mãos? É porque sou mulher? – perguntei, deixando escapar uma risada forçada. – Se for por isso, é um machismo do caramba. Eu sou tão forte quanto vocês, e, se quiser saber, posso não usar armas, mas sou rápida. Tão rápida que...

Dedos fechados em punho acertaram meu nariz, empurrando meu rosto para o lado e fazendo meu corpo cair para frente com tanta força que quase fui jogada da cadeira. Senti meus olhos lacrimejarem com a dor aguda e angustiante no nariz. Respirei com dificuldade, sentindo a água entrar pelas minhas narinas e me fazendo tossir com a sensação de estar me afogando. Até meu estômago doía com a tensão.

Ergui o olhar para o homem sentindo a água escorrer pelos meus lábios. O sabor metálico fez com que eu associasse rapidamente à presença de sangue. Era sangue, não água.

– Não fez nem cócegas. – falei, forçando um sorriso, apesar da parte superior do meu rosto doer a ponto de eu querer chorar.

– Não? – ele perguntou, fingindo choque em sua expressão.

Rapidamente ele se aproximou o suficiente para ficar na minha frente, levando uma mão até minha nuca e puxando um tufo de cabelo me forçando a olhar para ele. Pude sentir o cheiro de cerveja em sua respiração, quase me fazendo tossir.

– Vamos ver se você gosta disso. – sussurrou contra meu rosto.

As palavras pareciam bater na minha pele com a lufada de ar que as acompanhava. Fechei os olhos por um instante quando senti sua língua passar pelo meu rosto. Quando os abri, o homem estava se afastando, com as mãos na calça.

Não. Não. Não. Não. Não. Aquilo não. Não. Não. Não.

Eu estava presa!

Ele não podia fazer isso.

Correr e viver 2 - DuologiaOnde histórias criam vida. Descubra agora