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Minhas palavras foram como uma revelação chocante que roubou exclamações de quem estivesse por perto para ouvir. Julian e sua mulher, quem não teve o nome pronunciado desde quando chegamos, me encararam sem esconder a surpresa em seus rostos com aquela informação, ao contrário de Reeve que não parecia feliz com minhas palavras.

– O que você disse? – Julian perguntou, levantando da cadeira.

– Eu estava dirigindo o carro, viemos aqui porque Nathan mandou. Eu nem mesmo sabia que existia uma gangue na cidade.

As minhas palavras fizeram Julian gargalhar, jogando a cabeça para trás antes de olhar em volta, para os seus homens, como se eu tivesse contado uma piada muito engraçada.

– Eu dei Reno de mão beijada para Nathan cuidar dos negócios. Eu dei o estado da Califórnia para Reeve, fui eu quem começou com as corridas clandestinas aqui. Então, me desculpe ficar ofendido por ouvir de uma garotinha que não sabia sobre a minha existência.

– Julian, é tudo parte do plano do Nathan. – Reeve disse.

– Não dê mais um pio. – respondeu, erguendo o indicador em sinal de silêncio.

Ver Reeve baixar a cabeça como se fosse um cachorrinho me deixou furiosa, dessa vez, sentindo todo meu corpo tremer de raiva.

– A culpa não é nossa se você tem a segurança fraca. E, o que foi isso? – perguntei apontando entre ele e Reeve. – Por acaso a sua educação acabou? Reeve veio aqui como um aliado para pedir sua ajuda contra alguém que roubou você, e ainda recebe esse tratamento? Me desculpe ficar ofendida por achar que você poderia fazer algo com seus traidores. Vamos, Reeve. – falei, passando por suas costas sem nem mesmo olhar para o casal que parecia manter seus olhos em mim.

Puxei Reeve pelo braço até a entrada do restaurante onde ele se manteve em silêncio. Na calçada, próximo ao trânsito da rua e banhados pelo vento frio de Carson, Reeve finalmente pareceu recobrar os sentidos quando ele me encarou sem parecer agradecido com o que eu havia acabado de fazer.

Bufando como um boi raivoso, ele passou por mim caminhando firmemente em direção onde nosso carro estava. Tentando acompanhar seus passos, quase precisei correr para alcançá-lo dando a volta no McLaren para entrar no banco do motorista. Em silêncio, ele entrou e assim ficou por todo o caminho de volta ao motel. Quando estacionei o carro frente às escadas, Reeve foi o primeiro a descer caminhando pelo estacionamento ao invés de subir para o quarto.

Quando sai do carro para o clima frio daquela noite, me preocupei em me encostar na parte de trás do McLaren observando-o andar de um lado para o outro. Infelizmente tivemos uma chance e agora ela não passava de um desejo distante que poderia se tornar um perigo, considerando o fato de Julian não acreditar que Nathan seria capaz de lhe trair. Dizer que eu o roubei foi arriscado, principalmente quando ele sabia o meu nome, mas foi a chance que encontrei para tentar convencê-lo.

Correr e viver 2 - DuologiaOnde histórias criam vida. Descubra agora