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Não havia nos planos a possibilidade de Julian nos trair... Quer dizer, até havia, mas Reeve estava tão convicto de que ele iria punir Nathan pelo que estava fazendo em Reno que eu não pensei no que aconteceria se algo como aquilo ocorresse. Reeve parecia natural ao meu lado, sentado no banco do passageiro, observando a rodovia à nossa frente. Ao contrário de mim, que não conseguia parar de xingar aquele desgraçado que fez todo um teatro: nos convidou para sua casa, nos fez de bonecos ao, possivelmente, colocar uma escuta no quarto, nos deu comida e ainda me disse que iria ajudar.

Ele disse: "Eu vou ajudar você, Hazen."

Mas tudo parece ter saído da boca para fora. Desgraçado!

— Quer parar de falar por uma hora? — Reeve exclamou, olhando para mim.

— Como você está tão calmo com isso? A gente ia morrer!

Vi quando Reeve respirou fundo, passando uma mão pelos cabelos castanhos.

— A gente vai se vingar disso. Mas antes, precisamos focar em uma pessoa. — disse ele, firme. — Quando chegarmos na Califórnia, eu vou ligar para ele, contar o que aconteceu e dizer que você ficou assustada com tudo isso.

— Eu fiquei! Mas estou com raiva.

— E vou dizer para ele enviar Kyra para te buscar. — continuou, ignorando minhas palavras.

— O quê? — perguntei, confusa. — Por quê?

— Pense, Hazen. Ela pode ser uma aliada. — esclareceu.

Pressionei os lábios, focando na rodovia à nossa frente e nos carros dos quais eu precisava desviar para manter a velocidade até a Califórnia. Não pude evitar lembrar da história que Reeve havia me contado sobre ele e Kyra, o que me levou até o sonho ridículo que tive com ele, que pareceu real demais para o meu gosto.

Quando passamos pela entrada em direção ao estado, foi muito mais rápido chegarmos ao Lago Tahoe. Aquele lugar, que antes havia me dado tranquilidade e calma, hoje parecia estar tão nervoso quanto eu, com nuvens cinzas e densas que traziam uma tempestade. Passamos pela cidade em direção à casa do lago de Reeve, onde o JEEP estava estacionado bem em frente à entrada da cozinha.

Ele foi o primeiro a sair do carro, pulando para fora e se apressando até sua casa, me deixando para trás para poder respirar fundo várias e várias vezes, tentando acalmar meu coração e minha mente ao perceberem que aquela missão só nos fez perder tempo à procura de um aliado.

Fechei os olhos por um momento, fechando meus dedos ao redor do volante, tentando me conectar com aquele carro que parecia, mas não era, meu McQueen. Meu carro era capaz de me transmitir segurança e tranquilidade, mas aquele só transmitia um vazio angustiante.

— Haz? — a voz do meu irmão me fez abrir os olhos em direção à janela da porta, encontrando-o ali, me encarando com os lábios pressionados.

— Estou bem. — avisei.

Correr e viver 2 - DuologiaOnde histórias criam vida. Descubra agora