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Quando abri os olhos para o quarto silencioso e claro por ter sua luz ligada, eu sabia que estava sozinha. Respirei várias vezes ao encarar o teto antes de olhar em volta recebendo lembranças de todos os móveis que não saíram do lugar mesmo com a minha ausência.

Ao lado da cama havia uma pequena cômoda com uma bandeja de comida, um sanduíche com um copo que parecia ter suco nele. Por mais que eu quisesse devorar aquele prato, por mais que eu devesse levantar e investigar o que estava acontecendo, me dei ao luxo de continuar deitada não sentindo meu rosto latejar de dor, ou o meu corpo. Eu ainda sentia dor em alguns locais onde a capanga de Reeve chutou, mas era como se eu conseguisse respirar normalmente sem sentir a costela perfurar meu pulmão.

Continuei encarando o teto do quarto imaginando o que Tahoe estaria fazendo, o que ele estaria pensando sobre mim. A sensação de achar que ele estava morto parecia mais distante agora, mas ainda assim eu sentia medo com o que ele poderia fazer consigo. Gostaria de saber que ele estava planejando nossa vingança contra Nathan, que ele estava pensando nas mil maneiras de me salvar se for preciso. Eu faria o mesmo por ele, mesmo que isso significasse entregar minha própria vida.

– Você acordou. – alguém falou próximo a porta do quarto, me assustando completamente por não perceber que tinha uma platéia me observando.

Me mantive em silêncio ao ver Nathan entrar no quarto de forma despretensiosa, com as duas mãos nos bolsos da calça caqui. Ele parou próximo a cama, observando a bandeja de comida intocada por mim.

– Donny fez para você. – disse ele, apontando com o queixo. – Você deveria comer.

– Você veio me matar? – perguntei, sentindo a garganta seca.

Uma risada fraca me fez desviar o olhar para o teto, buscando toda e qualquer força de vontade que me restava para fingir ser quem eu não era.

– Eu não matei você naquela noite, por que eu faria agora? – quando não respondi, ele continuou dando a volta na cama para ficar de pé ao meu lado. – Eu achei que aqueles putos tivessem matado você. Mas eu fico feliz de saber que não, porque eles não seriam páreo para mim.

– Você sabe quem fez isso comigo? – perguntei, desviando meus olhos em sua direção.

– A gangue de Carson veio aqui para se vingar do roubo que fizemos no banco deles, mas, por sorte, depois do seu sequestro, Donny instalou câmeras pelo distrito e recepcionamos eles com uma boa dose de tiros.

– Eles não vão parar.

– Eu sei. – respondeu ele caminhando pelo quarto, levando meus olhos em suas costas. – Por isso eu já convoquei um reforço. Você deveria comer, Ligeirinha. Vou precisar de você no volante em breve.


Mais tarde naquele dia, lá estava eu sendo vencida pela fome comendo o sanduíche que Donny havia deixado para mim mesmo que não quisesse. Na verdade eu não queria nada deles, por mais que parecessem legais e divertidos, eles ainda eram os capangas de Nathan e fariam qualquer coisa que seu líder mandasse.

Correr e viver 2 - DuologiaOnde histórias criam vida. Descubra agora