Matilda, você fala da dor como se estivesse tudo bem
Mas eu sei que você sente como se um pedaço de você estivesse morto por dentro
Você me mostrou um poder que é forte o suficiente pra trazer o Sol aos dias mais escuros
Não é da minha conta, mas isso está na minha mente
Matilda - Harry StylesElliot Evans
Salem, MassachussetsOlivia está nervosa, seus olhos estão cravados na figura da mulher que nos encara pela janela. Ela não se parece nem um pouco com a garota que há poucos minutos estava gemendo meu nome em um banheiro. A cor sumiu do rosto bonito, suas mãos estão geladas e eu posso sentir sua pulsação rápida demais.
— Acho... acho melhor você ir embora. — Ela sussurra.
— Não vou deixar você sozinha. — Declaro. Nem fodendo que vou deixá-la nesse estado, principalmente sabendo que aquela mulher é responsável por uma parte enorme das insegurança de Olivia. A garota me encara, seus olhos demonstram o quão nervosa está.
— Por favor, vai ser pior se você ficar. — Murmura.
— Sem chances de eu te deixar sozinha. — Estou irredutível, e ela sabe disso. Depois de soltar um suspiro longo, a ruiva apenas assente com a cabeça e começa a seguir o caminho até o portão do dormitório.
A mulher que ainda não sei o nome - mas já não gosto - está sentada na cama de Olivia, com pernas e braços cruzados e a mesma expressão amarga que vimos na janela.
— Mamãe. — A voz da minha garota sai em um fio, tão baixinho que preciso fazer um esforço para ouvir.
— Que roupa é essa? — O tom de voz é cortante, assim como a expressão de nojo que ela tem no rosto. Olivia se encolhe ao meu lado, cruzando os braços pequenos em frente ao corpo em uma tentativa de se esconder. — Onde você estava?
— Eu... estava em uma festa. — Responde baixo, encarando o chão. Mesmo no auge de suas inseguranças, nunca a vi dessa forma. Olivia parece se rebaixar a menos do que nada, tão amuada que parece um gatinho com medo, tentando se esconder.
— Uma festa? Vestida desse jeito? — A raiva já está correndo em minhas veias, mas sei que se abrir a boca vou acabar piorando e muito a situação.
— Era à fantasia. — Se justifica.
— É com isso que está gastando o meu dinheiro, Olivia Marie? — A pergunta soa como uma acusação, seu tom de voz se ergue ao proferir o nome da filha, o que a faz se encolher ainda mais, mesmo que pareça impossível.
— Não eu...
— Desculpe, senhora. — Eu a interrompo, forçando meu tom mais calmo. — Mas fui eu quem comprou a fantasia. — Pela primeira vez, a mulher parece notar minha presença. A mãe de Olivia é uma pessoa pequena, muito magra e com linhas de expressão que tornam sua carranca ainda pior. Os olhos pequenos e muito negros me encaram, medindo cada centímetro do meu corpo. Estar vestido de gato de botas não deve estar ajudando em nada nesta primeira impressão.
— Mande o garoto embora, Olivia. Precisamos conversar. — Ignora totalmente a minha fala. Me sinto incomodado com a forma que ela fala, dando ordens à Olivia.
— Acho melhor você ir. — A garota sussurra, sem desviar os olhos do chão.
— Não vou deixar você aqui. — Sussurro de volta. A mulher solta uma risada irônica, levantando da cama para se aproximar em passos vagarosos.
— Já conseguiu outro idiota, Olivia? — Para diante de nós. Sinto Olivia tentar se esconder ainda mais em si mesma, alcanço uma de suas mãos com a minha, entrelaçando meus dedos aos seus, em um aviso silencioso de que estou ao seu lado. — Ela já contou a você sobre como seduziu o filho da minha chefe e destruiu a minha vida, garoto?
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Always You - O Badboy da minha vida
RomanceHATERS TO LOVERS - UM POUQUINHO SLOWBURN - NEW ADULT Elliot Evans é o típico Badboy. Jaquetas de couro, motocicletas e um sotaque inglês que faz com que metade da população feminina da Salem University fique de quatro por ele. Exatamente o tipo de...