Always You - O Badboy da minha vida

Facetas

Quando você desperta a necessidade em mim
Meu coração diz sim, com certeza, em mim
Prossiga com o que você está me fazendo
Witchcraft - Frank Sinatra

Olivia Meesters
Salem, Massachussets

Elliot dá uma risada sonora quando peço mais uma pose. O projeto fotográfico pouco se desenvolveu. Rimos e nos beijamos muito mais do que eu o fotografo.
Antes de que o badboy me buscasse, fiz anotações do que precisava.

- Elliot guitarrista

- Elliot leitor

- Elliot estudante

- Elliot badboy

Decidi que as fotos que tinha dos shows supririam o primeiro quesito. Antes de entrarmos em sua casa, fiz algumas fotos em sua motocicleta para Elliot Badboy. Em seu quarto, descobri que o inglês usava óculos de leitura. Com uma armação fina e quadrada, que o deixava ainda mais bonito, com certeza alimentando fantasias que eu deveria afastar. Três estavam feitos, só faltava um.

— Okay, agora, Elliot leitor. — Avisei. Ele se ergueu da pequena mesa onde fingia estudar, deixando os óculos em cima dos cadernos. Pegando o kindle, se dirigiu para sua cama, arrancando a camiseta pela cabeça antes de deitar. — O que está fazendo?

— Gosto de ficar à vontade quando leio. — Sorriu.

— E os óculos? — Engoli a saliva.

— Uso apenas para estudar. — Deu de ombros.

Sem contestar, ergui a câmera, observando-o através da lente. Me movi pelo quatro, capturando a cena de diversos ângulos. Peguei um livro qualquer na estante, entregando em suas mãos.
Elliot guardou o pequeno aparelho preto embaixo de seu travesseiro, abrindo as páginas amareladas para a nova sessão.

Ele parecia esculpido. O peito tatuado, os braços largos, as mãos compridas tomando boa parte da capa colorida. Elliot encarava as páginas de forma compenetrada, com o cenho franzido, os lábios juntos formando quase um biquinho.

Erguendo os olhos verdes para me encarar, o garoto levantou o livro, tampando metade de seu rosto com ele.

— Acabou? — Perguntou de forma manhosa.

— Acho que sim. — Sorri, tirando a alça de segurança do pescoço para colocar a câmera sobre a mesa.

— Vem cá. — Bateu ao seu lado na cama.

— Não vai se vestir? — Dei passos lentos em sua direção.

— Está com medo de mim, gata? — Neguei com a cabeça. — Então vem.

Sentei na cama, sem esperar que eu me ajeitasse sobre o colchão, Elliot atacou minha boca.
Seus beijos pareciam atear fogo cada vez mais rápido em mim. Sua língua me atiça, me instiga. Ele roça a pequena barba que já se forma em seu queixo contra mim. A pele do peito está quente contra a palma das minhas mãos, posso sentir seus músculos tencionando a cada movimento nosso. As mãos grandes espalmam contra minha bunda coberta pelo jeans, apertando minha carne e arrancando um suspiro sôfrego de mim.

— Porra, Olivia. — Sussurrou contra a minha boca. Sua voz está grossa, me arrepia, me faz perder a linha de raciocínio.

Em um movimento rápido, ele muda nossa posição, ficando com o corpo duro em cima de mim.