Always You - O Badboy da minha vida

Quebrado

Você deve pensar que sou estúpida
Você deve pensar que eu sou uma tola
Você deve pensar que sou nova nisso
Mas eu já vi isso tudo antes
Eu nunca vou te deixar se aproximar de mim
Mesmo que você signifique tudo para mim
Porque toda vez que eu me abro, eu me machuco
Too Good at Goodbyes - Sam Smith

Olivia Meesteers 
Salem, Massachussets

— Bom dia! — Digo animada, assim que Jade abre o primeiro olho. Ela resmunga coisas que eu não consigo entender, e aproveita para me xingar quando abro as cortinas para que o sol entre.

— Por que está tão animada? — Ela pergunta sentando para me encarar, os cabelos desgrenhados pelo travesseiro deixando sua imagem engraçada. — Você estava péssima ontem, agora está aí toda feliz... — Jade usa seu melhor tom de provocação, e eu devolvo a melhor cara de paisagem que consigo fazer. — Você transou. — Declara com um sorriso convencido.

— Jade!

— Detalhes, Olivia Marie! — Ela cruza os braços. — Não me poupe dos detalhes.

— Você não precisa de detalhe nenhum. — Resmungo, jogando meu corpo sobre a minha cama.

— É claro que eu preciso! Vamos, me conte logo ou juro que arranco de você com pontapés! — Ameaça, me fazendo rir alto. — Estou falando sério, Olivia!

— Tudo bem, tudo bem. — Ergo as mãos em sinal de rendição. — Foi ótimo.

— Só isso? Eu quero detalhes, garota! — Ela diz levantando e se jogando ao meu lado na cama. — Qual o tamanho do pau dele?

— Jade! — Minha voz sai estrangulada, e me sinto engasgar mesmo sem nada na boca.

— Tudo bem, não precisa dizer. — Ela bufa. — Ele foi carinhoso pelo menos?

— Foi. — Confirmo, sem conseguir conter o sorriso.

Jade abre um sorriso tão grande que é possível ver todos os seus dentes, e então joga o próprio corpo em cima do meu em um abraço apertado. O quarto é preenchido pela nossa risada e, pela primeira vez em muito tempo, não sinto peso algum sobre as minhas costas.

— O que acha de termos uma noite das garotas? — Jade pergunta ao finalmente me soltar. — Faz tempo que não fazemos nada sozinhas.

— O que tem em mente?

— Quero ir em uma festa. — Declara.

— Fomos em uma ontem. — Falei fazendo minha amiga revirar os olhos de forma teatral. — Tudo bem, uma festa então. — Jade comemora, me fazendo rir alto. Por mais que não seja a maior fã desse tipo de coisa, as poucas festas em que eu e Jade fomos juntas sempre foram muito boas, porque a minha amiga é, definitivamente, a alma da festa.

***

— Aqui. — Jade fala me oferecendo o copo plástico com uma bebida não identificada dentro. Dou um gole e faço uma carta ao sentir o gosto do álcool.

— Tem muita gente. — Resmunguei passando os olhos pelo local. Haviam mais pessoas do que cabiam por metro quadrado dentro da fraternidade. Dançando, conversando bêbadas demais por cima da música alta que retumbava.

— Vamos ter uma noite de universitárias normais. — Minha amiga declarou. — Agora vira o copo.

— Você está louca. — Neguei com a cabeça.