Eu te amo.

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***Lena***



Na viajem não consegui falar nada com meus pais, fui calada o percurso inteiro. Meus pais perceberam, tentaram falar alguma coisa, mas nada respondia. Esta presa em meus pensamentos. "Droga! Por que não disse a ela que a amava? Ela entenderia! Era pra eu ter explicado. Mas também ela não deixou!". Chegamos lá de madrugada e fomos logo dormir.



Quinta-feira a casa de meus avós estavam quase a família inteira. Primos de primeiro e de segundo, acho que ate de terceiro grau. A casa tava muito agitada, me distrai um pouco falando com algumas primas que não via desde antes de viajar pros Irlanda. Depois do almoço tentei ligar pra ela, mas descobri que os celulares não pegavam lá e o telefone na noite que eu cheguei, uma arvore tinha caído encima dos fios de telefone.



"Droga! Devem estar conspirando contra mim! Não é possível!". A cada minuto longe dela estava me matando, em pensar que era pra eu esta acordando agora depois de uma noite-madrugada longa e exaustiva de tento fazer amor. Na hora de dormir foi inevitável não pensar nela. "o que ela deve estar fazendo agora?" a lagrima corria e meus olhos.



Sexta-feira acordei com meus primos fazendo a maior algazarra pra gente ir pra cachoeira. Nos arrumamos e fomos o lugar era lindo. Queria tanto que ela estivesse aqui. Aproveitei que o lugar era mais alto que a casa pra tentar achar um sinal no celular, não custava nada tentar. Eu queria tanto ouvir a voz dela, mesmo que fosse pra me xingar, não importava. Estiquei meu braço, fiquei andando de um lado a outro, consegui um pontinho.



Já estava discando, meu coração dava pulos de alegria. "Eu vou falar com ela!". Não sei como aconteceu, um de meus primos um idiota, babaca, escroto, fdp - me agarrou e me jogou dentro da cachoeira com celular e tudo. Sai rápido da água tentei ligar o celular e nada. Voltei pra casa pisando duro. Encontrei meu pai pelo caminho.



- tô indo arrumar minha mala. Amanhã saio no primeiro ônibus! - disse espumando de tanta raiva.



- mas minha filha, o que houve? Nós íamos ficar ate o domingo! - me olhou sem entender nada.



- vocês ficam, eu vou!



- mas... - não o deixei terminar



- eu vou amanhã e pronto, não fico aqui nem mais um dia. - me virei e entrei na casa.



Deixei tudo pronto, a noite na janta ainda tentaram me fazer mudar de ideia. Mas na verdade eu queria um pretexto pra ir embora e me desculpar coma Kara.



Nem dormi direito pra não perder a hora. Seis e meia minha mala estava na porta, minha avó me chamou pra tomar café. Tentei recusar, mas ela não deixou.



Chegamos na rodoviária, mas o ônibus já tinha saído o próximo só as treze horas. Não me importei, queria encontrar a Kara hoje de qualquer jeito. Foram quase dez horas de viajem, um engarrafamento quilométrico por conta de um acidente. Assim que cheguei a rodoviária de National City peguei um Uber e fui direto pra casa de Kara. Ao chegar seu porteiro disse que ela tinha saído desde cedo. "O luau!" pensei na mesma hora. Fui


pra casa deixei as malas tomei um banho rápido e fui pra lá.



A festa estava lotada. Do calçadão avistei a Nia com o Brainy. Fui rápido ao seu encontro.



- você viu a Kara? - perguntei e continuei procurando com os olhos



- oi sumida! Eu tô muito bem e você? - disse rindo. Lancei um olhar pra ela que sentiu que eu não estava de brincadeira. - eu a vi mais cedo com a Alex lá no bar.



- ta valeu! - dei um beijo em seu rosto e sai



No bar nem sinal de Kara e Alex. Perguntei ao barman ela também não sabia. Subi num banquinho e nada. Quando olhei de relance vi a Sam, junto com ela a Alex, o Barry e o Oliver. Me aproximei.

Minhas paixões, muitas loucuras.Onde histórias criam vida. Descubra agora