Capítulo 04

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Jimmy

Se tem algo que eu odeio mais que hetero com síndrome de macho alfa, é esperar e adivinhem só? Neste exato momento estou plantado em frente a faculdade esperando os dois ser humanos que eu chamo de amigos. Já não basta me deixar extremamente bêbado ontem e me fazer vir para a faculdade com ressaca, eles ainda tem que me fazer esperar.

— Oi loirinho, precisa de uma carona? — Fala sério, esse menino não vai me esquecer?

Tá, tudo bem que o beijo dele é gostoso e que ele é um pedaço de mal caminho, mas porra, eu não quero ter que ver essa carinha linda a todo momento. Ele me faz ter vontade de voar nele e experimentar aquele beijo outra vez.

— Não preciso, estou esperando meus amigos.

— Ah, isso me faz lembrar que... — Ele fica na minha frente, tampando a luz do sol. Ele é um gostoso. — Você me deve uma resposta.

Fico olhando essa boca linda, mas logo desvio os olhos.

— Eu sou panssexual.

— Que delícia. — Ele fala baixinho enquanto chega mais perto de mim.

— Se eu fosse você, se afastava, senhor Foster.

— A não, loirinho, não queira me afastar. — Ele segura as minhas mãos e eu fico olhando fixamente para a sua boca.

Os animais que eu chamo de amigos chegam fazendo baderna e chamando a nossa atenção. Não tinha hora melhor não?

Nos afastamos e nos viramos em direção ao carro com som alto.

— Ei denguinho, chegamos. — Ryck grita e eu desejo um buraco para me enfiar.

— É, parece que sua carona chegou e com estilo.

— É... — Vejo meus amigos saindo do carro e eu entro em um pequeno surto. — Vai, sai, sai antes que eles cheguem aqui. — O idiota ao meu lado rir e não move nem um musculo. — Ai, merda.

— Oi, denguinho. — Ryck me abraça.

— Sai, bicha espalhafatosa. — Abby empurra o Ryck e me abraça. — Desculpe pela demora, meu anjo, a culpa foi desse idiota que cismouq ue precisava comer, eu tentei dizer que você era mais importante que isso.

— Está tudo bem, linda.

— Oi... — A não... — Você é o gatinho de ontem.

— O próprio.

— Você estuda aqui, lindinho? — Meu amigo pergunta quase se jogando em cima do Haver e Abby e eu ficamos rindo da cara de assustado do garoto.

— Sim...

— Hum, eu já te disse que sentaria em você? Porque eu sentaria. — Abby e eu explodimos em uma risada alta. A cara do Haver está ótima.

— Desculpe gracinha, mas estou muito afim do seu amigo emburradinho ali... — Haver aponta pra mim e eu olho para a Abby.

— Isso quer dizer que você tem bom gosto, o meu bebê é lindo e gostoso.

— Ah, pode apostar que é.

— Ok, chega desse papo estranho, Ryck, vamos, temos que ir para casa, temos que trabalhar, esqueceu? — Corto o papo furado.

— Ah, já vai, loirinho? E o meu beijo? — Reviro os olhos para o ser a minha frente e começo a andar em direção ao carro. — Você ainda vai implorar pelos meus beijos, meu loirinho. — Ele grita.

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