Capítulo 15

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Jimmy.

Sabe a sensação de que nada é mais importante do que o momento em que estão vivendo? Então, é isso que estou sentindo. No momento, nada é mais importante do que correr junto com o Haver de um segurança dez vezes maior que nós dois. Bom, pelo menos dez vezes maior que eu.

— Por aqui, loirinho. — Ele puxa o meu braço e entramos em uma rua movimentada. — Tira a blusa. — Olho para ele confuso. — Vem cá.

Ele me puxa pelo braço, estamos na calçada movimentada, tem muitas pessoas, parece que está tendo alguma festa próximo. Começamos a andar entre elas em passos largos.

— Tira a blusa, loirinho, eu estou de preto e você de branco, reconhecer nós dois vai ser fácil.

Começo a desabotoar a minha blusa social branca e ele puxa a sua camisa para cima e logo a tira do corpo, tiro a minha e ficamos iguais dois malucos sem camisas na rua.

— O que fazemos agora? — Pergunto olhando a garrafa de vinho em minhas mãos.

— Achamos um lugar e bebemos o fruto do nosso furto. — Ele fala com um sorriso lindo.

— Então vamos.

Sigo ele pelas ruas e logo entramos em uma rua bem bonita, vejo que só tem casas grandes e lindas, com certeza o pessoal daqui tem dinheiro. Ele vai me puxando para dentro de uma das casas, na verdade, estamos no quintal.

— Tudo bem que eu quero ser preso, mas não por invasão, Haver.

— Não esquenta, essa aqui é a casa do meu pai, eu esqueci de pegar uma coisa hoje mais cedo quando sai desse inferno, mas vou pegar agora. — Ele pega na minha mão e começamos a dar a volta na casa, logo paramos na frente de uma porta, ele me olha e respira fundo. — Se encontrarmos alguém, só ignora, ok? — Confirmo com a cabeça.

Fico pensando em como ele se referiu a casa do pai, mas ignoro por hora. Ele bota a garrafa de vinha em minhas mãos e logo abre a porta, entramos em silêncio, estamos na cozinha.

— Você não tem ideia do quanto quero te pegar aqui nessa cozinha, minha lua. — Abro um sorriso.

Ele me puxa e vamos entrando ainda mais na casa, não parece ter ninguém, ou se tem, estão dormindo. Logo saímos da cozinha e começamos a subir as escadas, subimos rápido, ele tira uma chave do bolso para em frente a uma porta, por está muito escuro, ele demora um pouco para abrir, mas logo consegue.

— Esse era o meu quarto. — Ele fecha a porta logo assim que eu entro. — Eu só vou pegar uma coisa, ok? Senta aí e fica bem quietinho. — Ele acende a luz e eu me assusto com o hematoma em suas costas. Me levanto e vou até ele. — O que foi?

— Suas costas, ela...

— Ah, isso aqui foi um presente do meu digníssimo pai, mas está tudo bem, só dói quando lembro. — Ele vai em direção a uma mesa e eu fica parado olhando ele se movimentar pelo quarto. Ele pega um pendrive, uma chave e uma pasta. — Ah, já ia me esquecendo. — Ele vai para o que eu imagino ser o closet e logo volta com duas camisa. — Veste isso, loirinho, não quero te ver doente. — Ele joga uma das camisas.

Deixo o vinha em cima da mesa e boto a camisa que ficou enorme em mim. Escuto ele soltando uma risadinha.

— Você ficou lindo com a minha roupa. Agora imagina sem nada, só com a minha blusa depois de uma noite louca de sexo.

— Cadê o filtro, Haver? — Digo botando a barra da blusa para dentro da calça e ganhando um estilo bem do bonito, irei adotar para a vida.

— Não tenho. — Ele sorri. — Pronto? — Eu olho para todo o quarto querendo captar mais da sua essência e logo confirmo com a cabeça.

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