Capítulo 13

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Haver.

Chegamos na casa do meu tio e quando ele se vira para abrir a porta eu me assusto com o sangue em suas costas. Boto minha mão em seu ombro e o empurro para ver melhor e ele se vira para me olhar.

— Está tudo bem, garoto.

— Não está não, você está sangrando.

— Vamos tirar suas coisas do carro e depois vemos isso.

Ele sai do carro e eu saio logo atrás vendo o carro do Michael parando atrás da gente. Os dois patetas saem e vem nos ajudar com as coisas. Eu não sei o que fiz para merecer os meus amigos, sinceramente, eles são incríveis demais, mas eu nunca irei falar isso em voz alta.

— Bora seu corno, ajuda com isso. — Greeg fala pegando uma das malas.

Pego a maior que estava nas mãos do meu tio e entro com ela. A casa do meu tio é bem menor que a casa do meu pai, mas de longe dá para ver que é mais confortável e aconchegante. A decoração é minimalista, porém, as coisas espalhadas pela estante dão um ar de lar. As fotos dele em vários países diferente, fotos comigo pequeno em uma pescaria que eu me lembro bem, fotos minhas sozinho, essa mais parece a minha casa do que a casa que morei em toda a minha vida.

— Seu quarto é o único outro quarto da casa além do meu. — Ele passa por mim deixando as malas no meio da sala. — Vou lá ajudar os dois idiotas.

Logo Greeg entra com a menor mala, ele faz careta e eu fico olhando o teatro.

— Mala pesada da porra.

— Larga de ser fresco, essa é a mais leve.

— Tu que acha. — Ele bota a mesma em cima do sofá e vai até a estante pegando um porta retrato que tem uma foto minha bem pequeno, acho que com uns três anos. — Nessa época, nós dois corríamos do homem do saco, mas sabia a gente que o homem do saco era o seu tio com aquela sacola enorme com aqueles trecos de pescar. — Ele rir.

— Quem diria que o homem do saco seria o cara que eu mais admiro, ne... — Ando até ele e pego a foto.

— Cara, eu brinco e faço palhaçada para te animar, mas eu sei que você está na merda, mas saiba que eu sempre vou está aqui com você, você é meu irmão.

— Eu sei, você sempre estão comigo.

Meu tio e Michael passam pela porta, Michel vem em nossa direção e pega a foto da minha mão.

— Porra moleque, tu era feio pra caralho. — Solto uma risada nasal e sinto ele passando o braço pelo meu ombro. — Continua feio, mas eu te amo.

— Olha isso. — Meu tio fala chamando a nossa atenção, ele pega um porta retrato que estava em pouco escondido por está quase atrás da teve, ele vira pra gente e Greeg, Michael e eu começamos a rir. Pego o porta retrato. — Vocês sempre foram inseparáveis. Só faziam merda.

Na foto está Greeg, Michael e eu em cima do meu tio que estava deitado no chão. Nesse dia estávamos brincando de polícia e ladrão e meu tio era o ladrão. A mãe do Michael que tirou a foto. Como meu pai não se dava bem com o meu tio, eu ia para a casa do Michael ou do Greeg para poder brincar com ele, ele fez amizade com os pais dos meus amigos só para ficar mais próximo de mim.

— Vão arrumar as coisas, vou fazer algo para vocês comerem. — Ele se vira e eu vejo suas costas suja.

— Vamos ver isso aí nas suas costas antes. — Michael é quem fala.

Greeg vai pegar a caixa de primeiros socorros que o meu tio falou que está no banheiro e Michael e eu fazemos ele se sentar. Ele tira a blusa e vejo que não está muito machucado, mas se não limpar vai da merda.

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