Capítulo 14

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Haver.

Incrível que esse é um bar com uma temática bem dark, bem puxado para aqueles bar de motoqueiros mesmo, sabe? Mas mesmo assim, mesmo com a maioria aqui tendo cara de quem mata duas pessoas por dias, está geral cantando Barbie Girl com o loirinho e os amigos dele. Diferente do outro bar, aqui quem uma máquina de música e eles simplesmente botaram essa música e agora está todo mundo cantando na maior empolgação e eu estou do balcão vendo tudo e meio chocado.

— Eles são seus amigos? — Meu tio pergunta parando ao meu lado. — Eles tiraram toda a postura do pessoal.

— Lembra que eu falei que tinha conhecido uma pessoa? Então, é o loiro em cima da cadeira.

— Aquele ali que o Michael está servindo de babá para não cair?

— Exatamente...

— Ele parece legal.

— Meio rabugento às vezes, mas é legal sim. E lindo.

— É, eu sou hetero, não cego. O garoto é lindo.

Agora a blusa social do Jimmy está mais aberta, seus cabelos bagunçados e porra, ele está mais gostoso ainda. Ele tem uma sensualidade tão própria, tão natural, tão... Perfeita. Eu sinto que ele pode ser tudo, pode ser um puta de um gostoso, um homem sério que exala tesão e ao mesmo tempo a porra de um filhotinho de cachorro fofo e adorável. Ele é igual aquele meme, literalmente o significado de tanto faz, ele ficaria uma delícia como passivo, mas eu também super veria ele como um ativo bem gostoso. Não que eu queira dar pra ele, sério, eu nunca faria isso, mas também não sou cego. Depois que vi aquela foto dele todo igual a porra de um mafioso, sério e cheio de si, minha visão sobre ele mudou muito.

Vejo meu amigo pegando ele pela cintura e tirando o mesmo de cima da cadeira e eu começo a rir pela carinha emburrada. Ele não está tão bêbado como na outra noite, ele está apenas no estágio alegre. Greeg e Ryck param ao lado dele e vejo Abby e Michael saindo e indo em direção aos banheiros.

— Vai lá, vai curtir com seus amigos.

— Está cheio hoje, não dá para parar e sinceramente? Não quero lembrar das dores que estou sentindo, se eu sentar, vai ser pior. — Ele me olha de cima a baixo.

— O braço?

— Não, as costas. — Eu acho que não falei a ele sobre a garrafada que levei e agora nem sei se quero falar.

Mas parece que eu não tenho opção já que ele para atrás de mim e rapidamente levanta a minha blusa, eu até tento me virar, mas sinto uma dor forte e paro.

— Porra, Haver. — Ele abaixa a minha blusa e eu não me movo, mas ele volta a ficar em minha frente. — Você já viu como isso aí está? Está roxo, um hematoma enorme. — Ele respira fundo e eu sei que ele está nervosos. — Que vontade de matar aquele filho da puta na porrada.

— Tio, não... — Ele me corta.

— Sai daqui, você não vai trabalhar assim e acredite, quanto menos eu te ver, com menos raiva eu fico. — Reviro os olhos e jogo o pano no balcão. — E pede para o Michael dar um jeito nessa merda. — vejo as mãos dele tremerem e eu sei que é de raiva.

Saio de trás do balcão e vou até a mesa onde está os meninos, quando chego só vejo o Greeg, Abby e Michael chegam junto comigo.

— Cadê Ryck e o Jim? — Abby pergunta.

— Olha, o loirinho não me parece muito bem não, então o Ryck arrastou ele lá para fora.

Abby se joga na cadeira com um olhar triste e derrotado.

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