Resiliente

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Ouvi o bater na porta, um convite a entrar,
Mas eu me recusei, não quis te deixar adentrar.
Você partiu, sem olhar para trás, sem retornar,
E agora implora, arrependido, por meu perdão encontrar.

A culpa te consome, não encontra escape,
Veio buscar abrigo na única pessoa que vê com bondade.
Mas suas palavras são vazias, meras palavras ao vento,
Lançadas contra mim, mas não causam sentimento.

Você chora e implora, lamenta a nossa partida,
Diz que sou importante, o amor da sua vida.
Mas eu estou bem, feliz e resiliente,
Apesar de tudo, alcancei minha própria mente.

Não sinto dor diante de seu choro e lamento,
Pois sei que são mentiras, palavras ao relento.
Passei muito tempo pensando no que gostava em você,
Tempo perdido, pois agora não sei o que dizer.

O amor é algo imerecido, percebo agora com clareza,
Pois não vejo motivos para manter essa firmeza.
Você foi minha dor e também um curativo,
As cicatrizes permanecem, mas meu sorriso é ativo.

Não retorne aqui, não há lugar para você,
Mas saiba que está perdoado, sem mágoa a lhe oferecer.
Eu te perdoo porque carregar ressentimento seria um fardo,
Mas não me dê outra bala, conheço bem esse fado.

A memória permanece viva, as lições aprendidas,
Não permitirei que se repitam as mesmas feridas.
Seguirei adiante com força e determinação,
Deixando para trás essa história de desilusão.

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