Tempestades

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Nas profundezas do meu ser, um mar revolto se agita,
Tempestades que não cessam, ondas que me assolam.
A calma, a tranquilidade, a quietude que me definiram por tanto tempo,
Agora são apenas memórias distantes, naufragadas no oceano da minha alma.

Fui calma ao ouvir o que não merecia, e silenciei quando não devia,
Tranquila ao suportar o mal alheio e relevar as falhas dos outros,
Quieta enquanto as palavras cortavam como lâminas afiadas,
Meu orgulho naufragou, meu amor-próprio afogou-se nas águas turvas.

Ninguém viu minhas tempestades, ninguém viu meu mar revolto,
O caos que habitava em mim era uma tempestade silenciosa,
Reprimi tanto que dentro de mim se formou um maremoto,
E agora, estou instável, revoltada, magoada, estressada.

O colapso da minha mente é uma sinfonia dissonante,
Não suporto mais do que uma voz ao meu redor, perguntas difíceis me atordoam,
O futuro me assusta, e sinto que estou à beira de um abismo sem fim.
Apenas peço um tempo, para não arrastar ninguém comigo nesse turbilhão.

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