Capítulo 4

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Depois de duas horas e já devidamente instalados na casa dos Styles, os seis jovens estavam matando o tempo de formas diferentes: Liam não saía de perto de Alicia, checando se estava bem de cinco em cinco minutos; Nicole estava vendo algumas revistas Vogue antigas, tentando pensar em como poderia deixar seu look mais retrô; Jared, bêbado, estava largado em uma poltrona e se perguntando onde diabos estavam seus dedões. Lucille, por sua vez, estava olhando alguns dos porta-retratos.

-Eu era bem fofo quando criança, não? - Harry perguntou, chegando perto da atleta.

-Que susto! É, até que você era bonitinho... Parecia até uma menininha!

-Aí você acaba comigo, Shutterstock.

-Sou sincera.

-Então, desde quando você gosta de nadar?

Ela pegou um gole de refrigerante e sentou-se na mesinha de centro.

-Acho que desde que me entendo por gente. Sempre assisti a competições com o meu pai, e sempre gostei de ver todos os nadadores ganhando suas medalhas e seus troféus por mérito próprio, lutando por tudo aquilo.

-E você tem interesse em seguir carreira?

-Carreira eu não sei, mas estou tentando bolsas de faculdade nessa área. Se bem que... Acho que nem o ensino médio poderei concluir.

Harry apenas assentiu, derrotado. Não havia parado para pensar que, em um momento estava sentado em uma carteira escolar e zoando com seus amigos; no outro, estava correndo para salvar a sua própria vida.

-Eu nunca gostei realmente de estudar. Só tenho sorte por ter facilidade em entender as matérias.

-Mas de onde saiu essa ideia de ser tutor?

-Bem, eu comecei ajudando alguns amigos. Um dia, estávamos jogando o famoso "verdade ou desafio" e acabei escolhendo desafio. Adivinha qual era a minha sentença?

-Qual?

-Ou eu beijava a minha avó ou eu me candidatava ao programa de tutores.

-Sua escolha foi sábia.

Os dois riram.

-A minha história nesse programa é bem diferente da história daquele ali, que está preparando a trigésima inalação para Alicia. Liam tem a bondade em seu coração, é aquele tipo de cara que se você pedir para ele comer grama, ele comerá. O seu amor por ensinar e o jeito que os seus olhos brilham quando fala sobre os alunos que passaram de ano por conta de sua ajuda... O cara é realmente incrível!

-É, ele parece ser um cara bem legal mesmo.

-Pois é... Hum, Lucy?

-Sim?

-Posso fazer uma pergunta?

-Bem, você... Meio que já fez "uma pergunta".

-Oh, droga! Posso fazer outra?

-Harry, apenas pergunte.

-Ok... Como que, em três anos estudando juntos, nunca nos falamos?

-Eu não sei. Provavelmente porque não temos nada em comum. Quero dizer, você é um tutor, eu tenho que me matar para passar de ano. Eu sou uma fera na água, você grita até descendo a escada da piscina...

-Eu não grito, está bem? É só uma reação involuntária do meu cérebro ao entrar em contato com uma repentina baixa de temperatura.

-Oh, claro, senhor professor.

Eles riram novamente, provavelmente apenas para liberar o excesso de nervosismo.

-Harry, será que posso ligar para os meus pais? Larguei tudo no vestiário e o celular da Nicole está sem bateria.

-Claro, o telefone fica na bancada da cozinha.

-Ok, obrigada.

Lucy levantou-se da mesa e se dirigiu ao cômodo coberto por azulejos e eletrodomésticos apenas de marcas caras. Pegou o aparelho nas mãos e digitou cuidadosamente os números do telefone de sua casa, apertando o pequeno botão verde para ligar e então, levou-o à sua orelha.

Muitas coisas passavam em sua mente. Será que eles já tinham conseguido chegar a casa? Será que eles tinham decidido ir para casa ou foram direto para a casa de campo, na Filadélfia? Será que eles estavam ao menos vivos?

Tantas perguntas e uma só resposta dita em apenas uma mísera saudação:

-Alô?

-Alô? Mãe?

-Lucille, graças à Deus! Onde você está? Onde está Nicole?

-Estamos na casa de um amigo, Nikki está comigo. Decidimos vir pra cá pois todas as linhas estão paradas, não tínhamos como voltar.

-Ok, qual o nome dele?

-Harry. Harry Styles.

-Huuuum, aquele garoto que você...

-Mãe, eu só liguei para ver como vocês estão, deixe isso para depois. E o papai?

-Ele está aqui, arrumando nossas coisas para Filadélfia. Precisamos que voltem logo, temos de ir hoje à noite!

-Ok, nós...

Mudo.

O telefone havia ficado mudo.

Na verdade, toda a energia da casa tinha acabado.

-O que aconteceu? - Alicia perguntou, levantando-se do sofá assustada.

-Estranho, meus pais sempre pagaram as contas...

-E toda a rua está sem energia, mas... Para o lado oeste, ainda tem algumas casas com as televisões ligadas. - Liam observou, olhando pela janela da sala.

Os seis se entreolharam, procurando uma boa explicação para isso. Até que as luzes se acenderam sozinhas.

-Aí, como eu vim parar em uma balada?

-Isso não é uma balada, Jared. - Nicole respondeu, ríspida.

-Então por que as luzes estão apagando e acendendo sozinhas?

-Boa pergunta.

Subitamente, a televisão ligou e sua tela ficou azul.

-Isso aqui é algum tipo de filme de terror ou coisa parecida? - A mais nova das irmãs perguntou, apavorada.

Poucos minutos depois, a tela mudou: de azul, foi para um jornal afegão.

-Ok, alguém pode me explicar por que diabos tem um cara falando em árabe na minha televisão?! - Harry gritou.

-Há apenas uma resposta para isso. E vocês não vão gostar.

-Explique-me, Alicia.

A loira olhou para todos os presentes na sala e inspirou fundo. Só assim, deu a resposta final:

-Eles estão vindo.

X
TAN DAN DAAAAAAAN ~suspense~
Espero que tenham gostado deste capítulo, eu realmente gostei de como ele ficou.

P.S.: nas minhas histórias eu uso "por que diabos" no lugar de "por que 'caralhos", então provavelmente usarei muito essa expressão haushsuhsusj

Sarah (:

Towards the Sun - H.S. | L.P.Onde histórias criam vida. Descubra agora