capítulo 15

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     Acho que podemos almoçar no hotel
     Sim um bife com batatas de forno e pudim! — Assim falou meu filho grego — Zonar murmurou. — Aqui está o dinheiro, freirinha para comprar o brinquedo e os sorvetes. 
    Ainda estava tentando entender o que aconteceu,como esse grego arrogante me domina desse jeito , parece que nada aconteceu,seu jeito e seus modos, não dizem que a poucos instante estavam em cima de mim,me dominando,né fazendo pecar ( teria que tentar muito?)
     Vamos nos encontrar no carro daqui a uma hora. Ele se afastou por entre os pedestres, virando a esquina para ir ao banco. A loja de brinquedos era em outra direção. Dentro daquele lugar tentador, Aleiko levou algum tempo para escolher uma roupa para o seu boneco Falcon, da mesma forma como seu pai tinha levado para escolha os vestidos para Kira.
    Ela se sentia muito diferente no vestido elegante e toda a hora acariciava o tecido. Havia aprendido que a vaidade era pecado, mas era uma delícia usar sapatos que não pesavam como chumbo. — Já resolvi! — Aleko estica puxando sua mão. — A roupa de quebrador de gelo. — Tem certeza? — kira examinou a etiqueta com o preço e tirou o dinheiro da bolsa nova.
     Pagou a roupa do boneco e depois foram para a lanchonete, onde Aleko tomou um banana split e kira um sorvete de café.
    As gaivotas voavam no porto e, maravilhada com a luminosidade do lugar, kira olhou para a criança a seu lado, ocupada em tomar seu sorvete. — Está bom? — ela perguntou. — Delicioso, e o seu? — Derrete na língua. — Vocês tomam sorvete no convento? — Às vezes a irmã Mary fazia sorvete, em dias especiais. É ela quem cuida da cozinha. — Você vai se chamar irmã Kira?
— É bem provável, a menos que a madre superiora escolha um nome religioso para mim.
     Aleko abaixou os olhos, franzjndo as sobrancelhas finas. — Gostaria que você ficasse para sempre com papai e comigo.
      Você tem mesmo que voltar para o convento? Você não prefere ficar conosco?  Você poderia se casar com o papai, e me dá irmãos, Kira se engasgou com o sorvete, não Aleko , não diga isso, por favor
    Porque, você não gosta do meu pai?           
    Não é isso,
    Então tá,vou pedir o meu pai pra se casar com você, assim você não irá embora e ficará comigo e me dará muitos irmãos.
      Como seria se casar com aquele grego arrogante e gerar os filhos dele?
     Kira segurou seu crucifixo,ela não podia pensar sobre isso, era errado, pecado, mais porque parecia tão certo?
    Temos que cumprir nosso dever, Aleko, e o meu é voltar para o convento quando chegar a hora, para entrar na Ordem e seguir minha vocação.
     Enquanto eu não for, vamos nos divertir, não é melhor assim? Ele concordou, pegando uma cereja co a colher. — Você quer a cereja? — ele ofereceu.
    kira aceitou, sabendo que era o que ele queria que ela fizesse, e sentiu vontade de abraçá-lo.
    Esses impulsos tinham que ser reprimidos, para o bem da criança e pelo dela também.
   Eles iam ter que se separar para seguir rumos opostos.
    Por que, ela se perguntou, Zonar Mavrakis não se casou de novo para que o menino pudesse ter a mãe de que precisava?
   Mesmo que ele não pudesse amar uma mulher como amara a mãe de Aleko, podia ser generoso, e obviamente era um homem cujo vigor precisava de uma válvula de escape. — Já acabou? Aleko concordou, enxugando a boca com um guardanapo de papel, e eles foram andando na luz do sol.
     Havia uma padaria algumas portas adiante e Aleko a convenceu a comprar alguns pãezinhos para dar aos passarinhos que voavam nos penhascos que se projetavam sobre a cidade.
     Atravessaram a rua para ir ao porto e, quando esmigalharam o pão, as gaivotas se aproximaram para pegar as migalhas, fazendo grande algazarra.
    Kira não percebeu que seu patrão estava observando a cena, até que ela e Aleko voltaram para o carro, onde ele estava recostado, fumando um charuto.
    Aleko correu para o pai, contando o que tinham feito, e Zonar sorriu tão diretamente para os olhos de Kira que ela sentiu sua confusão aumentar enquanto se aproximava da figura cheia de energia.
    Ficou olhando para ele, como se tivesse perdido o poder de falar e de se mexer; apenas seus pensamentos trabalhavam.
     Ele é maravilhoso! Se continuar aqui, corro o risco de ficar gostando dele da maneira errada! A madre superiora vai compreender se eu for embora agora, mas se eu ficar. oh, se eu ficar, o que vai acontecer comigo? — Você está pretendendo voltar a pé? Ele estava segurando a porta do carro e Kira teve que se aproximar dele para entrar no jaguar.
    Quando entrou, a saia do vestido levantou um pouco e ela sentiu que ele olhava para suas pernas.   
    Imediatamente ela juntou as pernas e cobriu os joelhos com o vestido.
    Não precisou olhar para saber que Zonar riu daquele gesto involuntário, depois ele se sentou atrás da direção e o carro começou a se afastar do porto silenciosamente. — Estou morto de fome — Aleko anunciou. — Mal posso esperar a hora do almoço! — O ar do mar abriu seu apetite. — kira acariciou o cabelo do menino e olhou para suas mãos. — Elas vão ter que ser lavadas antes do almoço, menino. —
    Eu peguei numa gaivota, papai. Ela deixou, não é verdade kira?
   Ela era tão mansa que eu podia até levar para casa. — Uma criatura tão livre e tão selvagem não pode ser completamente domesticada, Aleko querido — disse o pai. — Ela se aproximou por causa do pão e, quando acabou, abriu as asas e voou de novo.
    Nem todas as criaturas se deixam ficar numa gaiola e, se você forçar, elas mordem sua mão ou ficam tristes num canto até que você acabe soltando.
    Pense como você ficaria triste se isto acontecesse. — Mesmo assim, papai, ela era mansinha e tremia e os olhos dela brilhavam tanto. Aposto como podia pegá-la. — Ela teria bicado — Zonar murmurou, enquanto entrava no pátio do Monarch Hotel. — Agora vamos comer aquele bife com batatas que você estava querendo tanto.
    A sala de jantar era grande e dava para o mar e, como a mesa de Zonar ficava debaixo de uma janela, eles tinham uma vista muito bonita da baía toda.
    Kira aceitou um cardápio e percebeu que estava sendo estudada pelos hóspedes das mesas vizinhas. Eles sabiam que ela estava com o proprietário do Monarch e, como a mulher da loja, provavelmente a consideravam companheira do homem e não do menino. É a aparência dele, kira pensou, desanimada, tão másculo e autoritário que uma moça em sua companhia dava sempre a impressão de que lhe pertencia.
    — O que você quer? — Zonar a olhou diretamente e, à luz do sol, ela viu nos olhos dele um brilho de zombaria.
     Ele sabia tanto quanto ela o que os outros estavam pensando e, como se quisesse jogar mais combustível no fogo, aproximou-se mais dela para indicar um dos pratos. — Eu escolheria salmão fresco, ou você prefere linguado na manteiga ou então coc-au-vin, que é peito de frango cozido no vinho e nos temperos? —   
     Eu. acho que vou comer uma omelete de queijo. — Vamos, você tem que estar com fome depois de uma manhã tão cheia.
     Você já comeu salmão que não seja de lata? — Mesmo o de lata, senhor, estava além das posses do Santa Clara.
      O senhor não deve encorajar em mim o gosto pelas coisas boas. 
      Eu irei encorajar,em você muito mais do que comida, isso você pode ter certeza, mais esse não é o lugar e nem o momento para falar sobre isso.
       O que o senhor quer dizer?              
      Você sabe o que eu quero,e o que você também quer.
   Mais como eu disse,esse não é o momento pra essa conversa. 
    Kira ficou entre o desejo de fugir,e o de ficar. Senhor me ajude, eu não quero pecar, ( será que não?)
     Você vai ter que fazer mais penitência se eu insistir que coma salmão conosco? — De repente os olhos dele perderam a expressão divertida e suas narinas se agitaram quase com raiva. — Ficarei danado se você fizer sacrifícios enquanto viver sob o meu teto.
     Você quer salmão, filé ou frango? Escolha imediatamente! — O senhor é bem autoritário! — Sim, quando se trata da teimosia de uma mulher.
     Primeiro os vestidos e o tormento de imaginar qual era a categoria de pecado que você estava cometendo. e agora uma posta de salmão! Estou apenas tratando você como trato meu filho, como o pai que você não conheceu.
    Kira olhou para ele sem conseguir desfaçar a ironia no olhar.
    Você não me trata como um pai trata sua filha.
   Você tem um ponto, . — Seu sorriso era perverso. — Os meninos crescem depressa nas ruas de Esparta e as meninas também. Você foi muito protegida da vida, como se comprimida entre as páginas de um breviário, de modo que até o sol tocando em sua pele lhe dá a sensação de que ele está tomando liberdades.
    O sol que atravessava as janelas aquecia a pele dela e a atmosfera daquela sala comprida era agradável, com as mesas bem espaçadas sobre o carpete e arrumadas com toalhas brancas como a neve, talheres reluzentes e cristais delicados, completamente diferente da vida disciplinada que conheceu durante tanto tempo.
    A comida tinha um cheiro delicioso e as outras pessoas tinham o mesmo ar de segurança e de desenvoltura de seu patrão.
     Conversavam com facilidade, partiam o pão e tomavam vinho com tranqüilidade, como se não tivessem consciência de que o dinheiro que gastavam numa única refeição alimentaria uma família pobre por vários dias. — Irresponsáveis — ela murmurou. — Mas ouso dizer que, como meus irmãos e eu, eles trabalharam bastante para isto. — 
     Zonar olhou-a com severidade. — Não seja uma puritana tão pedante, pois posso resolver que você não é uma boa companhia para Aleko e mandá-la de volta para seu mundo entre quatro paredes.
     Talvez isto seja o melhor. — Ela o olhou, incerta.
    Não! — Aleko de repente agarrou em seu pulso. — Não quero que você volte para lá! Você está aqui há pouco tempo e tem que ficar o verão inteiro. Você prometeu, kira!
    Gosto de você, mesmo que papai não a ache tão atraente quanto as outras namoradas dele.
   Elas me dão nos nervos, igual aquela de Paris.
   — Você não precisava falar assim — Zonar repreendeu o filho. — Bem, então não mande kira embora — Aleko acrescentou.
  Eu não sou namorada de seu pai, mesmo se eu não fosse me ordenar,ele é muito velho pra mim.
  Não sei porque disse isso, mais o olhar de zombaria dele,me faz retrucar, mesmo achando que ele não se importa.
    Quando olhei pra ele, seus olhos estavam negros, com promessas de vingança e algo mais.
   Me tremi de medo , ( será medo mesmo?)
     Então a freirinha tem garras?
     Papai , papai porque o senhor não casa com a Kira? Assim ela não precisa ir embora, e eu vou ganhar meus irmãozinhos.
      Céus, eu pensei que Aleko, tinha esquecido essa história, será que Zonar irá achar que foi eu que mandei a criança falar isso?
      Você quer que a freirinha seja sua mãe?
     Sim papai, eu gosto muito da Kira, ela tem cheiro de mamãe.
    Kira, olhava a conversa de pai e filho sem entender,se estava em um sonho, quando ouviu o que Aleko disse.
     Cheiro de mamãe?
     Sim,um cheiro doce, gostoso, que dá vontade de dormir.
     Aleko, você sabe,se eu me casar com ela, ela será minha mulher?
      Sim papai eu sei, o senhor se casa com Kira ,eu tenho mamãe, irmãos e o senhor,esposa.
     Por favor, agora seria boa hora ,de ter o arrebatamento, Kira pensou.
    Então está decidido, a freirinha,irá ser sua mamãe, e minha MULHER,e quando o grego arrogante olhou pra ela, nos seus olhos tinha, luxúria,desejo, possessividade e outra coisa mais,
       O que estava acontecendo?


Vish acho que ela não sabe, mais ela não vai voltar pra convento não.
    É bem capaz desse grego, derrubar os muros e a trazer de volta
   

 
    



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