14º: A Atitude Estranha De Sasuke Uchiha

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─ E-err pai, não é nad- ─ Sasuke, me cortou, beliscando minha costela por trás do abraço de lado que me forçou a fazer.

─ Boa tarde, senhor Namikaze! Me desculpe o mal entendido, mas pensei que o Naru' já tinha avisado! Além de que, pensei que já sabia! E... por acaso, Naruto, você esconde nossa relação do seu pai?! ─ Ele passou a fingir uma indignação que se eu não soubesse como Sasuke é até que acreditaria. Agora os dois me encaravam indignados.

─ Quando pretendia me contar, hein, Naruto?! Ou ia esconder até que eu descobrisse?! ─ Meu pai me pressionava, chegando mais perto. 

─ Você não era assim antes Naruto, eu esperava mais de você! ─ Gaara disse, de longe, apenas pra colocar lenha na fogueira, me deixando numa situação mais complicada que imaginei. 

Eu obviamente não podia contar  para meu pai  que era mentira bem na frente da escola, mas minha vontade de dizer que nunca namoraria esse maldito para todo mundo ouvir, principalmente, para meu pai, era grande. Que cogitei em contar, mas Sasuke interveio novamente.

─ Eu pensei que já tínhamos resolvido isso ─ Seu tom era suave e trêmulo, agindo como um garoto inocente na frente do meu pai como se a vítima fosse ele. Essa atitude me irritou profundamente, onde tive que puxar uma grande quantidade de ar pra me acalmar, se não infartaria agora mesmo. 

─ O gato comeu sua língua?! Responde, seu irresponsável! ─ Meu pai exclamou, verdadeiramente irritado. 

─ P-pai, olha, agora não é uma boa hora para brigarmos e nem o melhor lugar, vamos para casa do tio Deidara, e conversamos com calma, por favor. ─ Fiz a cara que sempre o convencia, ele ponderou e suspirou pesadamente. 

O palhaço do Gaara, apenas ria da minha situação, ao ponto de se encolher com dor na barriga de tanto rir da minha desgraça.

Me lembrarei de nunca mais me deixar ficar ansioso por esse traíra!

─ Tudo bem, filho. Mas, seu namorado vai! Você pode, né, Sasuke? ─ Me surpreendi com a intimidade que meu pai se referiu ao maldito psicopata, e Sasuke sorriu "inocente" e acenou positivamente com a cabeça. 

Ele não estava bravo por causa que estamos namorando?? 

[><]

─ Fiquem à vontade. Meu pai vai chegar só mais tarde. ─ Disse Gaara, recepcionando-nos corretamente.

A grande casa estava vazia. Meu tio mora sozinho com meu primo, que é adotado. Ele foi adotado quando meu tio ainda estava alugando um pequeno lugarzinho na rua que ele e meu pai moravam, que meu tio quase não tinha quase nenhum cliente.

A pequena advocacia que meu tio administrava, de repente, se tornou um grande prédio cheio de advogados e mais advogados experientes e talentosos quando meu tio se casou com um empresário rico, no ano que nasci. Um ruivo sombrio e reservado, porém, era apenas sua casca que usava socialmente. Sasori era um homem bem atencioso e carinhoso, sempre foi muito legal comigo,  por um curto período de tempo, apenas quatro anos depois,  um grave acidente tirar a vida dele na hora.

Por um tempo, a imprensa local achou que foi tudo organizado da parte do meu tio, mas logo a perícia constatou acidente, com provas concretas. 

Eu era bem criança na época, Gaara já tinha dez anos de idade, e lembro de abraçá-lo enquanto ele chorava bastante.

E já se passa mais de onze anos.

Desde então meu tio honra a memória dele: exposto na sala, um grande quadro do ruivo, com um sorriso terno e sincero, numa paisagem tardia, onde os raios de sol o deixavam com a pele alaranjada graciosamente. Além de que nunca vi meu tio, depois da morte do tio Sasori, se casar ou namorar outra pessoa. Acho muito radical, porém confesso que é um gesto realmente romântico. 

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