Toronto, Cidade do Canadá.20:05 PM.
— Aqui é ótimo, fez uma boa escolha. — Tânia disse ao finalizar seu prato.
— Venho aqui há um mês, abriu esses dias, a recepção é excelente e o chef é um dos melhores da região.
— Primeira vez que venho aqui e já me apaixonei pelo lugar.
— Fico aliviada que tenha gostado... — Carina olhou a outra e sorriu.
— Acho que para mim gostar do ambiente, é só ter você nele. — Tânia segurou a mão de Carina por cima da mesa e entrelaçou seus dedos.
— Assim você me deixa sem saber o que falar.
— Acho que podemos sair daqui ir para sua casa... o que me diz? — Carina pensou um tempo e deixou algumas notas na mesa.
— Obrigada pela recepção, a comida estava excelente. — Carina agradecia o anfitrião, que sorria com cada elogio.
— Sempre será bem-vinda ao nosso restaurante, filha. — Tânia olhou o homem um pouco confusa.
— Essa aqui é Tânia, pai. — Apresentou Tânia, que estava um pouco envergonhada.
— Oi, prazer. — Tânia estendeu a mão para o homem, um pouco grisalho. — Tânia Tebet. — Sorriu simpática.
— Prazer, Márcio... sou pai dessa princesa. — Abraçou Carina e sorriu.
— Você não me disse que seu pai era chef de cozinha.
— Ela não gosta de falar muito sobre isso, prefere conquistar alguém de outra maneira. — Márcio falou, deixando Tânia mais envergonhada.
— Ela é bióloga marinha... — Carina começou a falar. — Lembra que eu te disse sobre Maria Fernanda? — O homem assentiu. — Estou ajudando-a com a menina.
— Você gostou do nosso prato e do restaurante?
— Eu adorei, aqui é incrível.
— Bom pai, tenho que ir. — Abraçou o homem. — Fala para a mãe que nesse final de semana estarei lá.
— Aviso sim, minha querida. — O mais velho deu um beijo na testa de Carina. — Tenha um boa noite.
— O senhor também, te amo. — Beijou o rosto de Márcio e olhou Tânia, que estava sorrindo com a cena presenciada. — Vamos?
— Sim. — Se aproximou de Márcio. — Foi um prazer conhecer o senhor, obrigada pelo jantar... estava tudo perfeito.
— Obrigado, venha mais vezes, será um prazer recebê-la aqui. — Tânia assentiu e apertou a mão de Márcio
— Não esperava encontrar seu pai. — Tânia falou ao sair do restaurante. — Tô um pouco nervosa.
— Eu deveria ter te avisado, perdão...
— Não precisa se desculpar, eu amei conhecer ele. — Tânia segurou o braço de Carina. — Só foi um pouco inesperado, mas que bom que foi algo natural.
— Sério? — Tânia assentiu.
— Você conheceu minha mãe no aniversário de Maria Fernanda, e nunca me contou o que achou dela.
— Bom, ela é uma mulher incrível. — Carina abriu a porta do carro e Tânia entrou no mesmo.
— Conversou muito tempo com ela?
— Conversei sim, ela me contou algumas histórias sobre você. — Carina entrou no carro logo em seguida deu partida.
— Minha mãe e suas histórias.
— Disse que ela e seu pai são divorciados, mas ambos tem uma boa relação.
— Isso é verdade.
— Disse que você sofreu um pouco com a separação, e por chantagem teve que fazer natação e balé. — Tânia riu.
— Eu era uma criança um pouco difícil de lidar, Simone foi mais fácil agradar.
— E depois conversamos sobre Fefe e Clarisse.
— Minha mãe devia estar cansada da nora dela.
— Clarisse não é fácil de lidar mesmo.
— Quando Simone começou a namorar ela, eu achei que era a pessoa ideal para ela, mas com um tempo, eu vi que não era nada disso.
— Acha que Soraya e Simone vão conseguir firmar algo nessa viagem?
— Eu espero que sim, Soraya faz bem a minha irmã e eu sinto que é diferente, já viu como Simone fica diferente quando Soraya está perto?
— Já reparou como Soraya fica feliz quando está com Maria Fernanda? — Carina destravou o cinto. — Eu espero que elas consigam se entender nessas duas semanas.
— Eu também, Soraya é a pessoa perfeita para minha irmã. — Tânia suspirou. — Mas agora vamos falar de nós.
— Pode falar, quer ficar aqui no carro ou subir? — Carina mordeu o lábio inferior e fitou a outra.
— Vamos subir.
Carina abriu a porta do carro, logo Tânia fez o mesmo, ao entrarem no bloco, foram até o elevador e fizerem o caminho até o apartamento de Carina. Ao adentrarem no mesmo, foram para o quarto.
— Vou separar um pijama para você, quer tomar um banho?
— Estou bem assim, se você quiser pode ir. — Tânia se sentou na cama.
— Okay então. — Carina foi ao closet e pegou um pijama pra Tânia. — Esse aqui deve servir.
— Obrigada. — Tânia levantou e retirou o sobretudo que usava, logo tirou as outras peças de roupa, o que deixou Carina sem reação.
— Tô indo me trocar, já volto. — A outra assentiu, a mais nova foi até o banheiro e vestiu seu pijama habitual.
— Senti falta da sobremesa. — Tânia se deitou na cama e puxou o edredom para si, se aconchegando no meio dos travesseiros.
— Quer que eu prepare algo para você? — Carina abriu a porta do banheiro e fitou a mais velha na cama.
— Não precisa se preocupar. — Tânia virou para o lado. — Não vai se deitar?
— Já estou indo, só me deixa apagar a luz. — Carina deixou a luz do corredor acesa e apagou a do quarto.
— Sua mão está gelada. — Tânia disse ao sentir os braços da outra envolver sua cintura.
— Desculpa, é que eu tinha lavado o rosto. — Tânia se virou para ela e riu.
— Posso te fazer uma pergunta?
— Pode.
— Não se importa de eu ser um pouco mais velha?
— Para se sincera? — Tânia concordou com a cabeça. — Não me importo... até prefiro que seja assim.
— Sério? — Tânia se levantou e se sentou no colo da outra, que logo segurou sua cintura. — Me conte mais... — Deitou-se sobre o peito de Carina.
— Não sei, me sinto segura com alguém mais responsável. — Levou sua mão até o cabelo preto e começou a mexer no mesmo.
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Moments - Adaptação
Fanfiction{CONCLUÍDA} Simone Tebet, uma cirurgiã renomada na especialidade do trauma, está passando por um momento difícil em sua vida, tendo que se divorciar de sua esposa Clarisse e brigar pela guarda de sua filha Maria Fernanda, mas Clarisse não irá ceder...