Fourteen

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Toronto, Cidade do Canadá.

20:05 PM.

— Aqui é ótimo, fez uma boa escolha. — Tânia disse ao finalizar seu prato.

— Venho aqui há um mês, abriu esses dias, a recepção é excelente e o chef é um dos melhores da região.

— Primeira vez que venho aqui e já me apaixonei pelo lugar.

— Fico aliviada que tenha gostado... — Carina olhou a outra e sorriu.

— Acho que para mim gostar do ambiente, é só ter você nele. — Tânia segurou a mão de Carina por cima da mesa e entrelaçou seus dedos.

— Assim você me deixa sem saber o que falar.

— Acho que podemos sair daqui ir para sua casa... o que me diz? — Carina pensou um tempo e deixou algumas notas na mesa.

— Obrigada pela recepção, a comida estava excelente. — Carina agradecia o anfitrião, que sorria com cada elogio.

— Sempre será bem-vinda ao nosso restaurante, filha. — Tânia olhou o homem um pouco confusa.

— Essa aqui é Tânia, pai. — Apresentou Tânia, que estava um pouco envergonhada.

— Oi, prazer. — Tânia estendeu a mão para o homem, um pouco grisalho. — Tânia Tebet. — Sorriu simpática.

— Prazer, Márcio... sou pai dessa princesa. — Abraçou Carina e sorriu.

— Você não me disse que seu pai era chef de cozinha.

— Ela não gosta de falar muito sobre isso, prefere conquistar alguém de outra maneira. — Márcio falou, deixando Tânia mais envergonhada.

— Ela é bióloga marinha... — Carina começou a falar. — Lembra que eu te disse sobre Maria Fernanda? — O homem assentiu. — Estou ajudando-a com a menina.

— Você gostou do nosso prato e do restaurante?

— Eu adorei, aqui é incrível.

— Bom pai, tenho que ir. — Abraçou o homem. — Fala para a mãe que nesse final de semana estarei lá.

— Aviso sim, minha querida. — O mais velho deu um beijo na testa de Carina. — Tenha um boa noite.

— O senhor também, te amo. — Beijou o rosto de Márcio e olhou Tânia, que estava sorrindo com a cena presenciada. — Vamos?

— Sim. — Se aproximou de Márcio. — Foi um prazer conhecer o senhor, obrigada pelo jantar... estava tudo perfeito.

— Obrigado, venha mais vezes, será um prazer recebê-la aqui. — Tânia assentiu e apertou a mão de Márcio

— Não esperava encontrar seu pai. — Tânia falou ao sair do restaurante. — Tô um pouco nervosa.

— Eu deveria ter te avisado, perdão...

— Não precisa se desculpar, eu amei conhecer ele. — Tânia segurou o braço de Carina. — Só foi um pouco inesperado, mas que bom que foi algo natural.

— Sério? — Tânia assentiu.

— Você conheceu minha mãe no aniversário de Maria Fernanda, e nunca me contou o que achou dela.

— Bom, ela é uma mulher incrível. — Carina abriu a porta do carro e Tânia entrou no mesmo.

— Conversou muito tempo com ela?

— Conversei sim, ela me contou algumas histórias sobre você. — Carina entrou no carro logo em seguida deu partida.

— Minha mãe e suas histórias.

— Disse que ela e seu pai são divorciados, mas ambos tem uma boa relação.

— Isso é verdade.

— Disse que você sofreu um pouco com a separação, e por chantagem teve que fazer natação e balé. — Tânia riu.

— Eu era uma criança um pouco difícil de lidar, Simone foi mais fácil agradar.

— E depois conversamos sobre Fefe e Clarisse.

— Minha mãe devia estar cansada da nora dela.

— Clarisse não é fácil de lidar mesmo.

— Quando Simone começou a namorar ela, eu achei que era a pessoa ideal para ela, mas com um tempo, eu vi que não era nada disso.

— Acha que Soraya e Simone vão conseguir firmar algo nessa viagem?

— Eu espero que sim, Soraya faz bem a minha irmã e eu sinto que é diferente, já viu como Simone fica diferente quando Soraya está perto?

— Já reparou como Soraya fica feliz quando está com Maria Fernanda? — Carina destravou o cinto. — Eu espero que elas consigam se entender nessas duas semanas.

— Eu também, Soraya é a pessoa perfeita para minha irmã. — Tânia suspirou. — Mas agora vamos falar de nós.

— Pode falar, quer ficar aqui no carro ou subir? — Carina mordeu o lábio inferior e fitou a outra.

— Vamos subir.

Carina abriu a porta do carro, logo Tânia fez o mesmo, ao entrarem no bloco, foram até o elevador e fizerem o caminho até o apartamento de Carina. Ao adentrarem no mesmo, foram para o quarto.

— Vou separar um pijama para você, quer tomar um banho?

— Estou bem assim, se você quiser pode ir. — Tânia se sentou na cama.

— Okay então. — Carina foi ao closet e pegou um pijama pra Tânia. — Esse aqui deve servir.

— Obrigada. — Tânia levantou e retirou o sobretudo que usava, logo tirou as outras peças de roupa, o que deixou Carina sem reação.

— Tô indo me trocar, já volto. — A outra assentiu, a mais nova foi até o banheiro e vestiu seu pijama habitual.

— Senti falta da sobremesa. — Tânia se deitou na cama e puxou o edredom para si, se aconchegando no meio dos travesseiros.

— Quer que eu prepare algo para você? — Carina abriu a porta do banheiro e fitou a mais velha na cama.

— Não precisa se preocupar. — Tânia virou para o lado. — Não vai se deitar?

— Já estou indo, só me deixa apagar a luz. — Carina deixou a luz do corredor acesa e apagou a do quarto.

— Sua mão está gelada. — Tânia disse ao sentir os braços da outra envolver sua cintura.

— Desculpa, é que eu tinha lavado o rosto. — Tânia se virou para ela e riu.

— Posso te fazer uma pergunta?

— Pode.

— Não se importa de eu ser um pouco mais velha?

— Para se sincera? — Tânia concordou com a cabeça. — Não me importo... até prefiro que seja assim.

— Sério? — Tânia se levantou e se sentou no colo da outra, que logo segurou sua cintura. — Me conte mais... — Deitou-se sobre o peito de Carina.

— Não sei, me sinto segura com alguém mais responsável. — Levou sua mão até o cabelo preto e começou a mexer no mesmo.

*

3/10

Moments - AdaptaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora