Sixteen

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Cancún,México.

13:10 PM.

— Stop! — Simone gritou pela terceira vez, irritando Soraya.

— A letra dessa vez é S, quem consegue completar?

— Eu consigo. — Simone deu de ombros. — Nome?

— Sara...

Simone sabia que era um dia difícil pra Soraya, então procurou coisas para distraí-la, brincadeiras que dava para fazer em um quarto de hotel, já que Soraya ainda estava se recuperando e não podia sair.

— Não quero mais jogar com você. — Soraya deixou o celular na cama e bufou.

— Você disse que era a melhor.

— Estou doente. — Soraya olhou Simone. — Para de me olhar assim.

— Seria pior se eu deixasse você ganhar por dó.

— Deveria fazer isso.

— Não, eu sou justa.

— Te odeio. — Soraya cruzou os braços e formou um bico nos lábios.

— Ganhei de você só cinco vezes, não é para tanto. — Simone se aproximou da outra, ficando sobre suas pernas. — Não fica assim...

— Queria sair para algum lugar. — Soraya segurou a cintura de Simone. — Ficar nesse quarto o dia todo vai ser ruim.

— Mas estou aqui com você. — Beijou os lábios de Soraya.

— Eu sei que sim, não poderíamos ir à praia?

— Hoje não posso te liberar, mas prometo fazer algo outro dia.

— Você é uma médica muito chata, deveria me tratar melhor.

— Sou mesmo. — Simone levou suas mãos até o rosto de Soraya. — Você tá com o rostinho bem melhor.

— Isso significa que vamos sair? — Simone negou com a cabeça.

— Quer que eu faça algo por você? Eu faço...

— Se você soubesse o que eu quero.

— Me diz, agora estou curiosa.

— Lembra da nossa conversa?

— Hm... que conversa? — Simone desceu seus beijos para o pescoço de Soraya.

— Que tivemos no seu carro, sobre sonhos que qualquer um pode realizar, lembra?

— Sim, você iria me falar quando estivéssemos mais íntimas. — Simone mordeu levemente o pescoço de Soraya.

— Tenho um sonho, que qualquer um pode realizar, mas ficaria mais feliz se fosse você. — Simone parou oque estava fazendo e fitou Soraya.

— Vai me dizer?

— Não.

— Não?

— Só vou falar quando me deixar sair desse quarto.

— Tente na próxima, sou cirurgiã e sei viver sem uma informação.

— Como assim?

— Tem muitas histórias que eu vejo entrar no hospital pela metade, e não fico sabendo o final delas, ou seja... sei segurar minha curiosidade.

— É diferente.

— Não é, e eu priorizo sua saúde acima de qualquer curiosidade, você é mais importante... depois que isso passar, saberei isso de um jeito ou de outro.

— Você é chata.

— Só estou cuidando de você, para de ser teimosa, sei que é ruim ficar aqui sem fazer muita coisa quando se tem um paraíso a ser explorado.

— Está difícil não pensar no dia de hoje.

— Podemos fazer alguma coisa.

— Não sei, vou tentar dormir.

— Quer ligar pra Fefe?

— Quero! — Soraya respondeu animada.

— Vou pegar o celular.

Simone saiu do colo de Soraya e buscou seu celular que carregava no criado mudo, ao voltar pra cama sentou no colo da outra e mandou várias mensagens para sua irmã, e ligou diversas vezes para mesma, até ela atender.

— Oi, Simone. — Tânia olhou a outra e viu Soraya ao seu lado. — Oi, cunhada.

— Oi, Tânia. — Soraya olhou para Simone e sorriu sem graça. — E Fefe?

— Está na sala assistindo Moana com Carina.

— Quero conversar com ela.

— Já vou chamar. — Soraya assentiu e esperou Tania ir até a sala.

— Pintaram o apartamento de Carina, com toda certeza Fefe manchou a parede de tinta. — Soraya falou ao deitar sua cabeça no ombro de Simone, que via os movimentos de sua irmã do outro lado da tela.

— Ela manchou mesmo, pintou de rosa e glitter. — Tânia riu e se sentou ao lado da menina. — Olha quem está ali, mamãe. — Fefe saiu do colo de Carina e olhou o celular.

— Tia Sory. — A voz fofa falou e Soraya sorriu.

— Oi, meu amor. — Soraya ajeitou a postura e olhou a garotinha. — Como você está? Você fica tão perfeita de azul... tia Tata que trocou você?

— Perdi minha filha. — Simone disse ao ver que Maria Fernanda nem havia notado sua presença.

— Ela aprendeu a falar palavras novas. — Tânia disse. — Fala para a tia Sory e pra mamãe, Duque e peixe. — Fefe olhou a morena com uma expressão confusa.

— Duque, feixe. — Falou com dificuldade e sorriu com Soraya mandando vários beijos para ela.

— Você está tão esperta, estou com saudade. — Soraya sentiu seus olhos lacrimejarem.

— Tia Sory. — Fefe observou melhor o celular. — Mamãe mone.

— Lembrou que eu existo?

— Não fala assim com ela, ela não entende.

— Estou brincando. — Simone beijou a bochecha de Soraya e pegou o celular. — Mamãe está muito orgulhosa de ter aprendido palavras novas.

— Quem está ensinando é Carina.

— Sim, você ensina coisas que não pode. — Carina falou um pouco mais alto.

— Como é essa história? — Simone franziu o cenho.

— Quero conversar com a minha pequena, depois vocês resolvem isso. — Soraya pegou o celular de volta. — Fefe, mostra seus brinquedos novos, tia Sory quer ver. — Como já se fosse adulta, Fefe pegou o celular da mão de Tânia e correu para o tapete de brinquedos.

— Minha pequena? — Simone sorriu boba para Soraya que estava encantada com a garotinha mostrando as novas bonecas dela.

— Sory. — Fefe mostrou uma Barbie para Soraya.


*

5/10

Moments - AdaptaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora