Moments - Adaptação

Twenty-seven

Toronto, Cidade do Canadá.

28/04/2020.

10:41 AM.

— Carina, podemos conversar?

— Podemos sim. — A outra sorriu.

— Tenho algumas coisas para te falar.

— Pode falar.

— Não sou boa com palavras e nem com sentimentos. — Tânia segurou o rosto de Carina. — Mas estou apaixonada por você... e quero que saiba que tem sido você desde que te conheci, e foi tão fácil eu me apaixonar por você que isso me assusta, não precisei me esforçar, pois essa paixão é genuinamente profunda e marcante para mim.

— Tânia ... eu não sei o que falar. — Carina chorava.

— Não precisa dizer nada. — Acariciou o rosto da mais nova. — Quer ser minha namorada?

— É claro que sim. — Tânia beijou os lábios de Carina.

— Bom, não sei se serei o suficiente para você e nem como vou te fazer feliz, mas eu prometo me entregar cada vez mais a você, sei que não irei me arrepender de ter escolhido você.

— Tânia, você é mais que suficiente para mim, você me reanima, você me recarrega, você me faz tão bem que não sei explicar. — Carina tomou ar, sentindo as lágrimas queimarem seus olhos. — Você me vicia de uma forma tão boa e única. Obrigada por me trazer sensações incríveis, obrigada por ser a melhor pessoa do mundo que já conheci, eu te amo, minha preciosidade.

Carina segurou o pescoço de Tânia a puxando para um beijo suave e carregado de amor, era como se transmitisse tudo que estava sentindo naquele momento, deixaria suas falas se cessar e suas emoções agir.

— E por via das dúvidas, eu também te amo. — Puxou o lábio inferior da mais nova. — Como se sente sabendo que mudou minha perspectiva de vida?

— Alguém muito importante para você. — Sorriu e fitou os lábios da mais velha.

— Está com calor? Podemos tomar um banho, o que acha?

— Eu acho uma ótima ideia.

(...)

21:41 PM.

— Dra. Simone, a paciente da sala quinze recebeu alta.

Emma disse ao sentar-se ao lado de Simone, que assistia um transplante de coração da galeria.

— Isso é ótimo. — A mais velha fitou o coração sendo retirado do cooler.

— É incrível, não é?

— É sim, Dra. Emma. — Sorriu para sua interna.

— Já fez algum transplante?

— Realizei três ao longo da minha carreira.

— Qual é a sensação de pegar um coração na mão?

— É inexplicável, você teria que viver para saber como é incrível a experiência.

— Mas a minha paixão é o trauma, quero isso desde que iniciei a faculdade de medicina.

— Isso é ótimo, Dra. Emma. — Forçou um sorriso para mais nova. — Ser decidida é bom. — Simone pegou o celular vendo algumas notificações.

— Amor? — Ouviu a voz doce de Soraya ao atender a ligação. — Onde você está?

— Vendo uma cirurgia.