Toronto, Cidade do Canadá.10:00 AM.
— Clarisse é uma estúpida.
— Bebê, não vamos pensar nela.
— É a verdade, ela nunca ligou pra Maria Fernanda e agora vem com essa de ter um futuro melhor. — Simone bufou. — Terei que ser melhor que ela.
— Mas você já é.
— Irei pagar anos de faculdade para Maria Fernanda ... colocarei ela em uma escola de dança.
— Simone. — Soraya a repreendeu.
— Acha certo que eu fique sem fazer nada?
— Claro que não. — A mais nova suspirou. — Podemos mudar de assunto, hm?
— Qual é a melhor faculdade do Canadá?
— Simone, não quero falar sobre Clarisse ou lembrar que estamos passando por essa situação. — Soraya falou seria.
— Me desculpa. — Simone olhou a mais nova que estava um pouco séria. — Falei algo de errado?
— Não.
— Soraya?
— Bebê, sei que você tem seus medos e receios por tudo que já passou e perdeu, mas se a gente olhar apenas o fato que a guarda da Maria Fernanda está em risco, isso vai nos afetar... e não quero que isso aconteça.
— Afetar nós duas? — Simone parou no sinal vermelho.
— E Fefe, se levarmos isso para ela será pior, não quero que ela sinta esse medo.
— Eu também não. — A voz de Simone saiu mais baixa.
— Além do nosso relacionamento e tudo que estamos construindo, existe uma pessoa pequena que não entende muitas coisas e precisa de nós, e se a gente só focar nesse processo vamos acabar a prejudicando.
— Você tem razão.
— Sei que está difícil, mas pode contar comigo para lhe ajudar, vamos conversar sobre justiça só quando for extremamente necessário. — Segurou a mão de Simone. — O futuro dela você resolve com o tempo e de acordo com o que a bisca irá oferecer.
— Bisca? — Simone sorriu.
— Perdão. — Gargalhou junto com a mais velha. — Mas é sério, eu te amo e não quero que isso nos afete, e quando falo nós estamos incluindo Maria Fernanda.
— Eu também te amo, e obrigada por isso. — Voltou sua atenção ao sinal e acelerou o carro.
— Já sabe para onde vamos?
— Podemos ir ao restaurante do pai de Carina e depois passear no parque.
— Adorei a ideia.
— Meu anjo, posso te perguntar algo?
— Sim.
— Não precisa responder agora, e nem pensar muito... é só uma dúvida.
— Tudo bem.
— Deixaria Maria Fernanda te chamar de mãe?
Soraya paralisou no mesmo instante, não esperava ser uma pergunta tão séria, Simone a olhou rápido e se arrependeu no mesmo segundo.
— Esquece... me perdoa eu não queria...
— Bom, se daqui uns anos a gente permanecer juntas e ela quiser me considerar uma mãe, adoraria ter aquele anjinho me chamando de mamãe Sory ou mãe Sory.
— Sério? — Simone fitou a outra um pouco emocionada.
— Sim, meu amor. — Sorriu ao pensar em tal possibilidade. — E saiba que eu a considero uma parte da minha vida e até de mim mesma.
— Tenho certeza de que ela sente o mesmo por você. — A mais velha estacionou o carro. — Você fez tantas coisas por ela em meses que nem sei como agradecer, e julgo dizer que é a pessoa favorita dela.
— Não é para tanto.
— É sim, tem noção como Maria Fernanda fica feliz em sua presença, como ela te ama? — Simone olhou pela janela para ver se sua irmã não vinha. — Além do Mimi você é a única pessoa que ela abraça na hora de dormir, que ela divide a comida.... eu sou a mãe dela e não tem uma boneca com o meu nome.
— Está com ciúmes? — Soraya brincou.
— É sério, meu anjo. — Segurou o rosto de Soraya com as mãos. — Obrigada por ter conquistado ela antes de me conquistar.
— Acho que posso dizer que sou uma mulher realizada, conquistei o coração das duas mulheres mais lindas desse mundo.
— A melhor realização da minha vida depois de Maria Fernanda é você.
— Falando em nossa princesa. — Soraya mostrou Tânia chegando perto do carro com a Maria Fernanda no colo.
— Oi, meu amor. — Simone abriu a porta do carro.
— Mamãe Mone. — Fefe disse e foi ao colo da mais velha.
— Está bem, princesa? — Soraya sorriu e teve a atenção da garotinha.
— Sory.
— Agora ela me esquece.
— Como foi lá?
— Foi péssimo, mas como irá viajar amanhã não quero te preocupar... podemos conversar assim que você voltar, será melhor.
— Ok. — Tânia fechou a porta do carro.
— Estamos indo no restaurante novo da Cidade.
— No do pai de Carina?
— Sim, checamos no site e ele é bem recomendado pelos moradores de Toronto.
— Isso é ótimo. — A morena sorriu. — Sou suspeita para falar, mas o meu futuro sogro é um ótimo chef de cozinha.
— Falando em sogros, pedi a mão dela.
— Vai casar?
— Não! — Soraya respondeu.
— Tem medo de casamento, professora Thronicke?
— Um pouco, o último que eu conheci teve divórcio...
— Soraya! — Simone olhou a mais nova, já Tânia se divertia com a situação.
— Felicidades... irei fazer esse pedido em breve a Carina e preciso da ajuda de vocês.
— Me mande mensagem e podemos ir organizando.
— Fico feliz por você, mas agora temos que ir.
Tânia acenou com a mão e Soraya colocou Fefe no bebê conforto, ao afivelar o cinto Simone voltou a acelerar o carro.
— É...falando em sogros, quando vou conhecer sua mãe, meu anjo?
— Quando quiser, podemos marcar um almoço no domingo com seus pais também, no aniversário de Maria Fernanda eu não era oficialmente sua namorada.
— Esse domingo? — Simone coçou a nuca.
— Sim. — Soraya entregou o Mimi a Fefe. — Só pra deixar claro... você será a primeira namorada que irei apresentar a ela.
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Moments - Adaptação
Fanfiction{CONCLUÍDA} Simone Tebet, uma cirurgiã renomada na especialidade do trauma, está passando por um momento difícil em sua vida, tendo que se divorciar de sua esposa Clarisse e brigar pela guarda de sua filha Maria Fernanda, mas Clarisse não irá ceder...