A Batalha das Doze Casas

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 Satine correu o mais rápido que pode, utilizando-se de todos os atalhos que conhecia para chegar até a colina das Doze Casa. Mesmo a quilômetros de distância ela fora capaz de reconhecer o Cosmo de seu mestre.

- Mu! - chamou Satine em pensamento e a resposta veio de imediato.

- Olá, Satine!

- Eles também estão aqui, não estão? - continuou ela, enquanto corria até a Casa de Áries - Eu posso sentir o Cosmo dela.

- Satine, talvez seja melhor você não vir até aqui - rebateu ele - Não se envolva nessa disputa.

- Mestre, eu já estou envolvida nisso tudo - prosseguiu ela - E se Atena está aqui...

Ela não precisou continuar a conversa por telepatia, ela acabava de chegar a base da colina, onde seu mestre, acompanhado de Kiki, a aguardava. Mas o cenário que ela se deparou foi ainda mais aterrador do que imaginava. Seu coração quase parou.

- Mestre! Kiki! - Satine fez uma breve reverência para Mu e então se ajoelhou ao lado da deusa - Atena.

Satine tirou a Caixa de Pandora das costas e segurou a mão da garota, fazendo uma prece, baixinho.

- Mu, será que se eu usar...

- Satine, nem mesmo sua armadura seria capaz de curá-la - Mu se antecipou a ela - Os únicos que podem ajudá-la agora são os Cavaleiros de Bronze.

- Mesmo assim, eu preciso tentar - Satine abriu a urna e Armadura de Taça flutuou para fora, parando ao lado de Atena - Kiki, por favor, consiga um pouco de água para mim.

- É pra já! - Kiki desapareceu e reapareceu segundos depois, carregando uma jarro de água. A Amazona derramou o conteúdo na taça de sua armadura e com as próprias mãos em concha levou o conteúdo as lábios de Atena e, depois derrubou sobre o ferimento, que borbulhou lavando o sangue.

- Satine! - Mu chamou, mas Amazona estava tão concentrada na tentativa de ajudar Saori que não o escutou.

- Satine! - Mu repetiu - Seiya está lutando na Casa de Leão! - a jovem guerreira pareceu despertar subitamente de um transe. Começou a tossir sem parar e comprimiu o tronco com o braço na altura do estômago, até conseguir respirar de novo.

- Eu preciso ir até lá - disse ela controlando a respiração, como se estivesse a ponto de apagar, jogou a armadura dentro da caixa e passou as alças sobre os ombros.

- Satine, essa luta não é nossa - Mu barrou a passagem da Amazona, o braço estendido - Deixe que eles provem seu valor. Eles precisam disso e Atena também.

- Mestre, perdoe-me, mas não é isso. Tenho um pressentimento muito ruim em relação a Aioria - Mu continuava sério, bloqueando a passagem, enquanto Kiki olhava de um para o outro sem entender.

- Mestre Mu, o que está acontecendo? - perguntou ele, por fim.

- Desde que Aioria foi mandado atrás de Seiya e dos outros ele não foi mais o mesmo. Você também deve ter percebido - explicou Satine.

- Sim, eu percebi algo estranho quando voltei ao Santuário. Ainda assim, se for o que penso, você estará em perigo.

- Você sabe que eu vi tudo o que aconteceu naquele dia. Por isso não pude voltar ao Santuário até agora ou seria acusada de traição. Àquele dia, ele nem precisou dizer, mas eu sabia que ele viria confrontar o Grande Mestre e depois disso...

- Satine, se você for até Aioria é provável que ele a mate.

- E se eu não for, ele vai matar Seiya, não vai?

As Chamas do Cosmo Nunca se ApagamOnde histórias criam vida. Descubra agora