A Técnica Proibida

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As portas do Jardim da Árvores Salas Gêmeas se abriram e Saga, Camus e Shura apareceram lado a lado na abertura. Satine se moveu na direção deles, mas Aioria a segurou. Ela queria socar o irmão até sangrar.

- Pegue, pela memória de Shaka - Saga foi até Mu e entregou o Rosário de Contas, aquele que registrava a morte dos Espectros, ao Cavaleiro de Áries.

- Mu, afaste-se! - gritou Aioria, soltando Satine, que congelou ao ver o que ele estava prestes a fazer. Então ele atacou os três Cavaleiros, arremessando-os longe.

- De pé! Vamos, levantem-se e me ataquem, de maneira covarde como fizeram com Shaka - pediu o Cavaleiro de Leão - Dessa vez, eu serei o seu adversário!

- Espere, Aioria! - Satine se postou em frente a ele, os braços abertos para que ele não atacasse - Eu é que serei! Eu os farei pagar por Shaka e pela honra de nossa família de Cavaleiros de Atena.

Ela teve a impressão de vislumbrar um brilho de espanto nos olhos azuis do irmão, que parecia surpreso não apenas por encontra-la ali, como também era incapaz de desviar a atenção da Armadura de Ouro dela, mesmo sem poder enxergar.

- Não faça isso - pediu Mu, mentalmente.

- Satine, seu Cosmo mudou... Quando foi que você... - começou Camus.

- Você teve a chance de fazer o certo, irmão! Agora vocês sentirão a fúria do touro dourado - Satine espalmou as mãos em frente ao corpo e disparou contra eles.

- Desculpe, mas não posso permitir - Aioria tentou impedi-la, mas era tarde demais.

- Grande Chifre!

O ataque chegou até eles varrendo tudo no caminho e, tanto, Camus quanto os outros dois, foram arremessados com força contra a parede de fundos da Casa de Virgem, que desabou sobre eles.

- Satine - Mu balançou a cabeça.

Mesmo quase mortos, os três Cavaleiros Renegados, estavam decididos a não se renderem. Saga usou sua Explosão Galática para se livrar dos escombros e os três se levantaram, cambaleando.

- O que estão esperando? - Aioria ainda não tinha se dado por satisfeito - Vamos, quero ver vocês usarem a Exclamação de Atena novamente. Ou já não tem mais forças para lutar, seus miseráveis! Se vocês não quiserem lutar, eu os matarei aqui mesmo.

Satine se encolheu no lugar. Por um momento foi invadida pelo remorço. Apesar do que eles fizeram, não havia honra em atacar Cavaleiros a beira da morte.

- Voltem para o outro mundo e peçam perdão a Shaka! - Aioria preparava um novo ataque, quando Mu o segurou pelo braço.

- O que? Mu, por que me deteve? Me solte! - pediu Aioria.

- Aioria, eles já estão praticamente mortos. São vítimas do Tesouro do Céu de Shaka. Com muita dificuldade eles se mantém de pé. De que adianta matá-los agora? - Mu parecia enxergar algo que escapava aos demais, mesmo que a condição deles fosse evidente - Já não há mais nada que possamos fazer.

- O que!?

- Por que foi que Shaka morreu? - continuou Mu - Com certeza há um sentido mais profundo no fato dele ter decidido morrer.

- Mu, eu já estou cheio de ouvir você! E já não há qualquer coisa que você possa fazer para tentar me deter.

- Aioria! - chamou Satine, que entendia o que ele estava sentindo. Seu coração estava sangrando tanto quanto o dele. Ao mesmo tempo, queria acreditar que Mu era capaz de entender algo que lhes escapava.

As Chamas do Cosmo Nunca se ApagamOnde histórias criam vida. Descubra agora