Capítulo 9

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Algumas horas torturantes depois, a família Valente finalmente se foi. Todos os tios, tias e primos estavam se retirando juntamente a Liana, Morgan abraçou Eleanor mais uma vez antes que ela partisse para dentro da carruagem.



- " Apareça, querida. Tente não passar tanto tempo afastada de mim novamente. " - Morgan sorriu e apertou uma das bochechas de Eleanor.


Seu sorriso se desfez quando sua avó foi até ela e ao seu pai, ela alternou o olhar entre ela e o Rei Jhonatan, então de repente ela foi até Morgan e com sua mão gélida, segurou o rosto de Morgan com a delicadeza de um cavalo selvagem, obrigando a princesa a olhar diretamente em seus olhos.



- " Não ouse desonrar o meu nome com a sua insolência..." - ela disse. Seu pai parecia segurar a respiração, não sabia o que fazer para intervir naquela situação sem ser agressivo ou rude com a Rainha.



- " Seu nome não me acrescenta em nada a não ser mais um título nobre, Majestade... Se um dia eu desonrar alguma coisa, seu nome não será mencionado. " - ela disse. Embora sentisse que estava prestes a perder a sua cabeça. Liana apertou o rosto de Morgan em sua mão impedindo que ela desviasse o olhar



- " É exatamente como sua mãe... Irresponsável e burra... " - ela respondeu. Seus olhos refletiam fogo ardente, aquela mulher era uma verdadeira bruxa.



- " Tenha cautela ao mencionar o nome de minha mãe, Majestade. Posso aturar muitas de suas atitudes indesejáveis, mas desrespeitar a imagem de uma mulher que não se faz presente para se defender, é atitude de uma mulher covarde e insegura. " - uma das mãos de Liana se levantou para depositar um tapa no rosto de Morgan. Mas o Rei Jhonatan interviu segurando seu pulso e retirando sua mão do rosto de sua filha.



- " Foi um prazer tê-la conosco, Majestade. " - ele disse. Não disfarçando a sua insatisfação. Morgan sorriu maliciosamente sem mostrar os dentes enquanto a senhora se virava em direção a carruagem e ainda mais quando partiu.


Seu pai se virou para ela e acariciou seu rosto, como se quisesse se desculpar por ter permitido que aquilo ocorresse. Embora todos tivessem cuidado ao se dirigir a rainha por saber que tinham a sua vida em suas mãos o tempo inteiro, Morgan a única pessoa que não sentia retração ao responder a altura, sabia que ela nunca poderia tocar em um fio de seus cabelos sem que sua consciência pesasse e ela morresse de desgosto ao notar a pessoa horrível que era. Morgan era o espelho de sua mãe, uma forma de lembrar a todos quem ela era, e era isso que causava repulsa a Liana. E ela adorava causar repulsa àquela mulher. O Rei olhou para sua filha enquanto as carruagens se afastavam, eles riram entre si, com certeza não eram nada parecidos com a família de sua mãe, e tinham plena certeza de que ela também não deveria ser.


Seu pai se dirigiu até seus aposentos para adormecer. Morgan, por sua vez, buscou Lancaster por todo o palácio, procurando freneticamente como se todo o Reino dependesse daquilo. Ela estava furiosa, seu coração palpitava. Eleanor era como sua irmã mais nova, ver que Klaus estava se relacionando com ela sem saber quais eram as suas verdadeiras intenções a deixavam repreensiva. Ela não confiava em Lancaster, embora tenha sido ela a responsável por retirá-lo do cárcere. Por qual motivo ele estava se deslocando para um reino distante para se relacionar com um membro da corte? Não fazia sentido.


Por mais que ela procurasse em cada canto daquele palácio minusciosamente ela não o encontrou. Ele não estava ajudando os outros serventes a organizar a mesa de jantar. Klaus Lancaster não estava no palácio, o que deixou Morgan ainda mais irritada, ela queria matá-lo. Jogá-lo contra a parede e apontar uma espada afiada em sua garganta, ameaçar sua vida e salvar a pele de sua prima, mas por algum motivo ele não estava ali. Ela desistiu, cumprimentou os guardas e os serventes que ainda estavam acordados e foi em direção aos seus aposentos para que pudesse descansar, igualmente ao seu pai.

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