13 - Só um vestido

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Marinette's Pov:

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Saio do estabelecimento com o vestido limpo e bem passado enrolado em um plástico.

Sou recepcionada por uma expressão reclamona de Adrien.

- Todo esse caminho pra isso? -

- Que drama, nós chegamos bem rápido. - rebato e voltamos a caminhar.

Ansiosa para ver o resultado, abro um dos lados da grande embalagem, revelando o tecido robusto da vestimenta.

- E mesmo se demorasse, valeria a pena. - mostro a ele - Olha que lindo.

- Eu só vejo um vestido.

- Você não sabe nada de moda.

- Como? Já viu alguém com um estilo melhor que o meu? - suas sobrancelhas se erguem e ele estica as mão para baixo, pedindo que meu olhar avistasse seu look.

Vestia uma calça cargo vinho e na parte de cima uma camisa branca simples, porém sobreposta por um colete escuro e estampado com algumas palavras escritas de cabeça para baixo.
Passava uma energia atlética, ao mesmo tempo, sofisticado.

Era Prada, eu aposto.

- Ah... - ele bufa, analisando meus olhos pensativos e investigativos. - Não ouse citar o Lorde.

- Eu poderia citar qualquer um.

- Não minta para si mesma.

Fico com preguiça de revidar.

- Minhas costas doem. - mudo de assunto, mostrando fadiga.

- Não aguenta alguns livros?

Então, suas mãos pousam na alça de minha mochila em minhas costas.

Afasto-me, em reflexo.

- Me dê aqui. - ele oferece ajuda.

- Não, obrigada.

- Pode fazer a gentileza de parar de negar meus favores?

Dou de ombros.

Gosto de não dar o braço a torcer para ele.
Baseando-me em sua personalidade petulante, era a única maneira que restava de eu demonstrar o mínimo de dominância.

No entanto, sinto-me extremamente atraída pela ideia. Minhas costas também...

Revirando os olhos - como quem não queria, de fato, fazer o que fazia - entrego-lhe a mochila.

Ele a pega e sem pestanejar e já assume um semblante de vencedor.

- Foi pelo cansaço, não por você. - rebato a sua expressão.

Ele sorri, convencendo-se de que eu mentia.

- Por que está indo embora a pé? - mudo o assunto. Dessa vez, realmente com certo nível de interesse.

- Eu sempre vou, é bem melhor.

- Para fumar, aposto.

O loiro dá um sorriso de canto e retira o cigarro da boca.

- Posso saber o que apostou? Porque acabou de perder.

Então, joga o cigarro em direção a calçada. Contudo, ele atinge minhas mãos.

E pior de tudo, meu vestido.

- Meu Deus! - assusto-me e irritada, eu o empurro.

Seu corpo cambaleia, quase rendendo-o uma queda em plena avenida.

Politicamente Incorreto || Enemies to lovers (Adrienette | Miraculous)Onde histórias criam vida. Descubra agora