38 - Paraíso

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obs: as músicas adicionadas representam o capítulo de alguma forma, então, não estruturei o capítulo para que escutassem durante a leitura. mesmo assim, apreciem como quiserem 🤍

Marinette's pov:
-

Depois do café da manhã do hotel, fomos a praia. Vesti um dos bíquinis lindos que Adrien me presenteou e seguimos, nós dois, até Blankenberge.

Ele estava certo quando disse que o Sol estaria de matar. Mesmo assim, não haviam tantas pessoas no local.

Provavelmente pelo fato de estarmos no meio da semana e às nove da manhã...

A maior parte das pessoas está trabalhando neste momento. Outras, estão estudando, na escola ou faculdade.

Porém, nós estamos no paraíso.

Adrien pega as maiores ondas sem dificuldade, com uma prancha azul que alugou há alguns minutos. Assisto-o percorrendo radicalmente os metros deste mar tão cristalino quanto um rio.

Não tiro os olhos dele, deitada na cadeira, passando longe do guarda-sol. Só pensei que valeria a pena aproveitar o escape para pegar um bronzeado.

Fazia um bom tempo que não vinha à praia. Minha mãe amava ir à Palombaggia. Dizia que tinha as águas mais bonitas da Europa.

Meu pai, no entanto, não era um grande fã. Nunca foi. Detestava qualquer programa que envolvesse "natureza demais".

Ele reclamava da areia em seus pés, da correnteza perigosa e do Sol incessante.

Mesmo assim, bastava que ela sugerisse.
Ele ia todas as vezes.
Por ela.

E não dizia um piu.
Bom, pelo menos, não para ela. Eu ouvia as suas reclamações e ria de suas frescuras.

Ah...

Depois do acidente, não vi mais minha mãe pisar em uma praia.
Eu ainda ia com amigos ou em excursões. Já até mesmo fui com Paul.

Com ela, não mais.

- Ei, princesa. - Adrien se aproxima, com a prancha embaixo dos ombros.

Meus pensamentos são interrompidos, quando avisto-o se aproximando.

Seu cabelo estava encharcado e embaraçado por conta da água salgada.
As gotas do mar deslizavam por todo seu corpo enquanto sua bermuda se colava à sua coxa, pelo tecido molhado.

- Do que está rindo? - ele questiona, apoiando a prancha no guarda-sol ao meu lado.

Ajeito minha postura na cadeira, levantando o tronco para observá-lo.

- Você parece um tomate.

Ele indica para si mesmo com os polegares.

- Isso aqui é bronze.

- Se você diz... - rio baixinho e, então, pego o protetor solar que deixei emperrado na areia ao lado dos pés da minha cadeira - Vem cá.

Abro a tampa do produto e despejo uma quantidade generosa na palma da minha mão.

Ele entende o recado, se aproxima e agacha-se para ficar na minha altura.

Esfrego o creme nas minhas palmas e depois, espalho por seu corpo. Começo pelos ombros, pescoço e depois, para seu abdômen.

A água em sua pele se misturava com a cremosidade, tornando tudo mais fácil. Ela estava quente e avermelhada. Não totalmente, mas me questiono se ele não havia se queimado, de fato.

Politicamente Incorreto || Enemies to lovers (Adrienette | Miraculous)Onde histórias criam vida. Descubra agora