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HELENA ALBUQUERQUE

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HELENA ALBUQUERQUE.

ENFIM AS FÉRIAS!
Após dias tão turbulentos, semanas intensas e momentos que eu prefiro sequer lembrar, eu finalmente estava de férias e focaria esse tempo em mim.

Então ao invés de acordar mega cedo como eu estava fazendo, eu acordei por volta das 10hr com um humor excelente, tomei um bom café da manhã na varanda do meu apartamento observando a Barra da Tijuca já movimentada, estava tudo tão bem até...

Bom dia vizinha! – ouço me chamando me assustando brevemente.

Estava no beiral da varanda olhando o movimento da rua, ergo a minha cabeça para cima avistando Otto em sua varanda segurando uma xícara de café somente de samba canção preta, e quando eu digo somente é realmente a única coisa que ele usava.

— Bo-bom dia vizinho. – respondo um pouco sem jeito desviando o meu olhar com muito custo.

Eu não sei por qual razão mas toda vez que me encontro com Otto seja no elevador ou no hall do prédio eu sinto o meu rosto quente, um calor sem explicação plausível e não consigo manter um contato visual com ele por um longo tempo, parecia que a presença dela me desestabiliza totalmente.

— Está empolgada...acordou de bom humor pelo visto. – ele comenta puxando papo.

— Estou, porque estou de férias! Você não acordou de bom humor pelo jeito. – digo e comento bebendo um gole de café.

— Infelizmente não acordei realmente...– ele diz me fazendo olhar para cima novamente com certa surpresa.

— Porque não? – questiono curiosa.

— Estou carente vizinha...– ele diz com uma cara de cachorro pidão.

Carente?! – digo incrédula segurando o riso.

— Sim, de beijos...– deixo escapar um riso que eu trato de disfarçar com uma tosse. — Já que você está de tão bom humor assim hoje, eu aceitaria um outro beijo seu vai que eu me ânimo. – ele diz descaradamente para me irritar.

— EU TE BEIJAR NOVAMENTE?? – questiono praticamente aos berros.

— Não se lembra? Que pena...– ele diz com ironia rindo.

— Você realmente não presta e não tem o que fazer não é Otto? Logo cedo falando uma mentira dessa. – digo levemente brava.

— E quem disse que é mentira? – ele diz sério, meu rosto automaticamente pega fogo.

EU! Tchau Otto, meu bom humor já se esvaiu. – digo as pressas e retorno para dentro do meu apartamento o deixando rindo sozinho.

Fico igual uma maluca andando de um lado para outro da minha sala remoendo o que foi dito por ele, eu não recordava de nenhum momento em que eu possa ter beijado ele e se eu realmente fizesse isso eu iria lembrar não iria?

O AMOR BATEU A PORTA.Onde histórias criam vida. Descubra agora