HELENA ALBUQUERQUE.
A noite tinha tudo para ser boa, proveitosa, mesmo que eu sabendo que eu não iria resistir ao ficar longe do Otto, mas eu estava enganada pois eu estava cumprindo isso sem dificuldade alguma já que a Alessandra estava praticamente agarrada em Otto.
- Você parece que vai voar nela e encher a cara dela de tapa. - Catarina diz meio risonha.
- Estou bem tentada a isso...- digo enquanto observo eles em uma roda de conversa. - Olha lá! - digo irritada.
Alessandra estava dependurada no pescoço de Otto extremamente íntima, até mesmo depositando um beijo em sua bochecha que me deixa incrédula.
- Já chega! - digo brava me levantando do sofá e indo para a varanda.
Catarina me segue com nossas taças em mão, ao passar por eles na saída Otto chega a me olhar mas com a Alessandra em seu pescoço não se mexe. Opto me sentar em um sofá de dois lugares mais afastado, mais silencioso também, Catarina se senta do meu lado me dando a minha taça.
- Você ama ele. - ela diz.
- Amo. - afirmo com raiva, quando percebo o que é dito é tarde. - Não! Eu - DROGA!
- Relaxa Lena, eu já sabia...- Catarina diz risonha.
- E-eu respondi equivocada e com raiva. - digo fugindo.
- Por isso mesmo que foi sincero, você está com raiva...- me mantenho calada, remoendo. - E está tudo bem, você o ama...
- E ele sequer sente algo por mim. - digo cortando ela.
- Como você sabe? - ela me olha seria.
- Precisa ele dizer? Catarina, olha só para ele! - aponto para ele.
Otto ainda estava na roda de amigos rindo, conversando, totalmente diferente daquela noite da premiação. Naquele noite ele não se importou em dançarmos juntos, em aparentar sermos íntimos, mas nessa noite algo estava diferente...pode ter sido causado pelo meu afastamento ou por ele estar possivelmente interessado em outra.
E pensar nisso, estar sentindo tantas emoções conflitantes e por estar em uma confusão que nunca estive antes...que eu sinto que estou perdida.
- Helena, fique tranquila...eu tenho certeza que Otto gosta de você. - Catarina diz calma, confiante.
- Aham... é, realmente deve. - digo baixo.
Decido que eu iria deixar isso quieto, que eu ficaria aqui por mais meia hora e depois eu iria embora, e estava torcendo para que nada pior ocorresse.
Acabo conversando bastante com Wagner já que Catarina disse que buscaria algo para comermos, ele me conta sobre sua família, sobre suas terras na Itália e confesso que eu fico encantada já que a Itália é um dos países que eu tenho vontade de conhecer. Estávamos conversando bem tranquilos, bem a vontade, até uma cena chamar a minha atenção e eu esquecer que Wagner estava perto.
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O AMOR BATEU A PORTA.
RomanceHelena Albuquerque tinha a vida de seus sonhos, era uma médica brilhante e bem sucedida, era casada com o seu primeiro amor, tinha filhos incríveis e amorosos, ela não tinha do que reclamar. Mas, de uma hora para outra ela vê sua vida mudar completa...