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OTTO TAVARES.

O jantar estava simplesmente maravilhoso, esplêndido como sempre minha mãe era uma cozinheira de mão cheia e sempre acertava em fazer os jantares mais gostosos. Estávamos todos em uma paz que eu fico até surpreso, Thereza não estava implicando comigo ao invés disso conversava com nosso pai e o seu marido, minha mãe conversava comigo e com Betina relaxada.

Família...– Thereza chama a nossa atenção. — Eu e o Paulo, queríamos contar uma novidade... NÓS SEREMOS PAI NOVAMENTE! – ela diz radiante.

Não preciso dizer que a minha mãe ficou eufórica com a notícia que teria mais um neto ou neta na família, eu dou os parabéns ao casal contente por eles.

— Eu e sua mãe ficamos extremamente felizes de ver você junto com Paulo construindo a família de vocês. Nós dois sempre imaginamos isso para cada um de vocês...– meu pai diz feliz, mas dando uma reprimenda em mim e na Betina.

— Não se preocupe papai, Thereza construirá uma família linda mesmo e estou feliz por isso, muito! Mas eu e o Otto estamos construindo as nossas carreiras que não deixa de ser gratificante também. – Betina diz com seriedade.

— Nós entendemos filha...mas queremos que vocês dois também tenham uma família, se casam...– minha mãe diz, eu levemente faço uma careta com a idéia.

Prefiro a ideia da Betina.

— Concordo com a mamãe, Otto perdeu uma chance boa de poder fazer isso. Vivi Gutierrez seria uma esposa e mãe perfeita! – Thereza diz alfinetando.

— Ainda não acredito que vocês dois terminaram...– minha mãe diz lamentando.

— E já é tarde, ouvi que ela já está envolvida com outra pessoa. – Thereza diz jogando a bomba.

— O que?! – meus pais exclamam juntos, eu encaro Thereza duvidando.

— Encontrei a mãe dela esses dias em um chá beneficente, ela mesma falou que Vivi estava saindo com um homem e que estava encantada por ele...mas não falou quem era. – ela responde.

Não me abalo em saber disso eu tinha consciência que era questão de tempo até Vivi encontrar uma outra pessoa, então a notícia não me surpreende.

Ah Otto...– minha mãe me olha com pena.

— Mãe por favor não! Eu e Vivi rompemos de forma amigável e eu não estou triste ou abalado em saber disso. Estou feliz por saber que ela está com alguém que goste verdadeiramente dela. – digo sério.

Amigável...– Thereza murmura descrente.

Já era a minha deixa.

— Bom, o jantar estava uma delícia mãe mas eu tenho que ir. – digo já pondo em pé.

— Eu também já vou! – Betina também se levanta. — Tenho que acordar cedo amanhã. – ela diz.

Minha mãe não fica muito contente mas nada diz, nos despedimos de cada um e saímos juntos para fora. Já perto do meu carro eu respiro fundo e aliviado.

— Ei, está tudo bem? – Betina se aproxima com um olhar de preocupação. — Eu sei que Thereza é cruel as vezes, então está tudo bem mesmo? – pergunta.

— Está tudo bem, fique tranquila...já me acostumei com a Thereza e seu jeito. – respondo sincero.

Tudo bem...se cuide então! – ela diz sorrindo fraco, eu me despeço dela com um abraço.

Cada um adentra o seu carro e dá a partida, ainda era 22:40 da noite e eu não estava nenhum pouco afim de ir embora para casa então eu sigo para a praia da Barra onde eu teria um pouco de "sossego" e esquecer as provocações durante o jantar. Ao dirigir em uma velocidade reduzida, eu noto que a praia estava vazia já que era quase 23:20 da noite e por ser tão tarde ninguém se arriscaria a vir com receio de algo acontecer, mas ao chegar em um certo trecho da praia vejo um carro estacionado e uma pessoa caminhando na areia em direção ao veículo, quando me aproximo mais eu percebo que a pessoa em si era uma mulher e eu conhecia.

O AMOR BATEU A PORTA.Onde histórias criam vida. Descubra agora