Chicago, Illinois | Parte 2

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Percebo que a noite anterior foi igualmente intensa para Christopher quando vejo que ele repostou em seu stories um reels de nossa apresentação em "Este Corazón" da noite anterior. 
Sorrio enquanto visualizo sua postagem e reajo com um coração. 

[Nos comentários vai um link que acompanha esta narrativa] 

Aproveito para responder o stories com "A noite de ontem foi especial demais pra mim."

Estou me sentindo como uma boba adolescente novamente, cheia de expectativas no coração. Ansiosa para os próximos shows, para saber até aonde isso vai nos levar... para vê-lo novamente, para poder tocá-lo quando possível e para saber o que de fato vai acontecer até a final da turnê.
Parece que quando estou falando, pensando ou tendo qualquer interação com Christopher, esqueço-me da realidade em que vivo hoje. Esqueço de que tenho Paco, esqueço de que Christopher tem Samantha e por várias vezes meu coração me sugere que talvez a ideia de vida perfeita fosse resumida em Eu, Mapi e Chris. 

É um pensamento inconsequente... errado? Sim. Mas é um pensamento involuntário, que tem se tornado constante a partir do momento em que iniciamos os concertos. 

Desde quando voltamos a nos reaproximar, a ter aquele contato que durante muito tempo evitamos ter, devido a diversos fatos que ocorreram em nossas vidas, as coisas dentro de mim mudaram intensamente. Hoje, e principalmente após o episódio de ontem... a nossa troca no palco, a nossa conversa... Não tenho dúvidas de que o amo. Se antes eu estava confusa sobre meus sentimentos por ele, hoje eu tenho certeza. E para ser sincera, me encontro confusa sobre o que sinto por Paco.

Não tenho como eliminá-lo de minha história. Estou casada com ele. Ele me apoia, é carinhoso comigo, cuida de mim e de Maria Paula com todo carinho e tenho certeza que se ele não nos amasse, não estaria nos acompanhando nessa loucura. Ele não estaria aqui para nós duas a todo momento.

Ele também abriu mão dos seus próprios interesses para que eu pudesse viver novamente essa energia, pudesse estar aqui com meus companheiros, pudesse estar aqui com a minha segunda família nos palcos novamente.

Toda vez que me lembro destas coisas... de todas essas coisas que Paco tem feito, aceitado... Sinto-me culpada por estar me sentindo da forma que me sinto em relação a Chris. "Isso é tão errado!" penso e minhas bochechas queimam e coram de vergonha.

— O que há Dulce? —  Pergunta Paco me vendo um tanto irritada no sofá que há em nosso quarto, olhando para a tela do celular. 
— Nada, só um aplicativo aqui que começou a dar problema —  Digo apontando para o meu celular — Já passou da hora de trocar — Sorrio. 
— Sim, já falei para comprarmos um online ou irmos ao shopping ver um novo. — Paco aconselha.
— Já disse que enquanto funcionar, eu não troco. Só quando ele parar de vez. — Respondo enquanto volto meu olhar para o celular e vejo que subiu uma notificação de Christopher me respondendo no Instagram. 

"Para mim também. Estou ansioso por hoje a noite." 

Sinto borboletas na barriga. "É sério Dulce Maria? se controla!" penso enquanto sorrio para a tela, mas sinto o olhar de Paco me acompanhar e logo me recomponho.

Lembro-me nitidamente de quando Christopher e eu começamos a trocar mensagens no privado. Por incrível que pareça, partiu de mim esse retorno, mas graças ele também. Sorrio ao lembrar...

[Flashback] 

— Está lindo hein! — Elogio Christopher tocando em suas costas por trás fazendo com que ele vire-se para mim rapidamente.
— Dulce! — Ele abre um sorriso ao me ver — Você quem está! — Diz já abrindo seus braços para me abraçar e eu retribuo.
— Christian foi ali, mas já está voltando. — Christopher me atualiza — E aí? Ansiosa para receber um prêmio em nome do RBD depois de tanto tempo?
Sorrio e respondo...
— Está sendo muito gostoso reviver e sentir toda essa energia novamente — Respondo — Principalmente agora que estamos mais maduros.
— Concordo, só falta uma coisa para ficar perfeito...
— O que seria? 
— Você pintar o cabelo novamente.
— Estou pensando sobre isso ainda... — Explico — Eu quero aproveitar essa fase antes da turnê para trazer a Roberta de mechas e quando iniciarmos de fato, pintar de vermelho.
— Tem coragem? 
— Porque eu não teria? Já estamos fazendo o mais difícil que é entrar em turnê depois de anos.
— Entrar em turnê não me parece o mais difícil. 
— O que parece então? 
— Ter contato com você com tanta frequência como tem sido ultimamente — Ele diz e um clima tenso começa a ganhar espaço entre nós dois.
— E qual o problema nisso? —  Pergunto.
— Estou começando a desejar ela. 
Meu coração começa a bater mais forte e engulo a seco, mas entendo como uma brincadeira de Christopher e rebato...
— Deixa a sua namorada saber disso.
Ele me encara sério e não diz mais nada. 

(...)

Enquanto damos a entrevista, admiro Christopher falando e como ele tem se sentido seguro ao falar sobre a banda e como está  se comportando diferente...

Soy Rebelde, Soy VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora