I Need a Gangster

bravo Argent

Novamente coloquei o celular debaixo do travesseiro pra não deixar o Killer de mal humor.

Eram 05:30 da manhã, fui pro banho e após escovei os dentes.

A casa estava completamente silenciosa, ninguém acorda tão cedo, além do mais, dormimos de madrugada.

A porta se abriu e chega Teresa sorridente, ela é uma senhora feliz, e os meninos apesar de serem agressivos e terem seus momentos de estresse nunca levantaram nem se quer a voz pra ela.

-Bom dia - digo colocando café numa xícara

-Bom dia senhorita - ela sorri

Passos vão descendo as escadas e Gustav chega com Tom.

-Não me chamou? Pensou em ir sozinha? - Tom senta na mesa pegando uma xícara estendendo pra Teresa pôr café.

-Eu não queria te deixar de mal humor - mordo meu pão.

-As vezes sua respiração me deixa de mal humor, e mesmo assim você não para de respirar - ele diz num sorriso sínico e apertando os olhos.

-Bom dia linda, eae, qual faculdade irá? - Gustav pergunta.

-Eu me interessei muito pela Red Flame academy.

-É uma faculdade muito bonita - ele diz cabisbaixo

-Vocês podem me falar o que tanto houve com vocês naquele lugar? - a curiosidade na estava me matando.

-A gente sofreu, principalmente eu e o Bill, eu via meu irmão sendo espancado todos os dias, e os garotos me seguravam pra mim ver aquela cena triste e eu não fazer nada, o Bill tinha medo até de andar por um corredor vazio, até a própria diretora o violentou, por tudo isso, meu irmão já quis até tirar a própria vida Alysson, ele não fez isso... por mim, ele não queria me deixar só, já que na nossa vida, nós só nos importamos com os Gêmeos Kaulitz, apenas ele, e tudo por ele. - Tom desabafa e eu não aguentei, deixei algumas lágrimas escapulirem dos meus olhos.

Eu nunca passei por isso, mais só de ouvir as palavras, já meio que absorvi suas dores.

-É por isso que o Bill não queria que eu fosse, ele não queria me deixar ir até lá por que ele disse que não queria que acontecesse algo ou eu sofresse... - limpo o rosto.

-Não chora princesa - Tom passa as mãos pelas minhas bochechas - já foi horrível ver todas as lágrimas do bill, não precisamos das suas também.

-Alysson? Tá tudo bem? - Bill vem preocupado até mim e segura minhas mãos.

Foi inevitável, sai da cadeira e o abracei com força.

-Você foi forte Bill - sussurrei em seu ouvido.

[...]

Tom estava me levando pra faculdade, não estava ansiosa, não estudo por que gosto e sim por que simplesmente quero um futuro.

Ele estacionou o carro e várias pessoas o encaravam por conta do luxo.

Sai do carro ajeitando o cabelo e peguei a mochila no bando de trás.

-Cuidado princesa! - ele me encara com aqueles olhos perfurantes

-Pode deixar - sorri pra ele e fechei a porta.

Ele saiu soltando a fumaça do carro e percebi dezenas de olhares caírem sobre mim.

𝑞𝑢𝑒 𝑜̀𝑡𝑖𝑚𝑜...

Eu caminhava um tanto perdida pelos corredores, sem saber qual era minha turma.

Enquanto encara o lugar, acabei me esbarrando em alguém e derrubei os livros que eu segurava.