Um homem com problemas de bebidas e drogas em situação deplorável, guarda em casa odiada por si, sua filha, todos os dias aguentando a violência física e psicológica do seu próprio pai enquanto trabalha pra sustentar a casa.
Devendo uma quantidade a...
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Abri os olhos aos poucos com uma luz forte no meu rosto, levanto levemente apoiando meu corpo na desconfortável maca de hospital.
Tinha vários equipamentos ao meu lado conectados a mim, meus braços tinham agulhas e estavam pouco ralados juntamente as pernas.
Olho para o relógio pendurado na parede alta, são vinte e três e trinta e sete.
Ponho meus pés para fora da maca e arrepio com o chão frio, tento ficar de pé, acabo fraquejando um pouco mas tenho sucesso.
Fui tirando o adesivo que prendia a agulha em mim, mas...
-Nem pense nisso mocinha! - A voz familiar que eu tanto queria ouvir apareceu. - Tanto tempo pra você acordar e você foi fazer isso logo quando eu fui mijar, que indelicadeza da sua parte senhorita Kaulitz.
Me viro para Tom que me olhava com suas mãos nos bolsos.
-Ponha o adesivo de volta e volte para a maca, aí sim, eu vou te dar um abraço e um beijo que eu tava morrendo de saudade.
Sorrio feliz e ponho o adesivo de volta, tento estender meus pés para subir de novo mas não consigo, meu Deus, estou totalmente dependente.
-Parece uma criancinha. - ele ri e vai na minha direção, esperava que ele me sustentasse e me pusesse de volta mas não. Ele me abraçou, afundo minha cabeça no seu pescoço inalando seu cheiro.
Eu não queria me soltar do Tom nunca, ao afrouxar o abraço, observo sua feição cansada e seu rosto cheio de beleza, ele parecia triste, por que ele parecia triste?
-Meu amor, eu te amo tanto. - diz roucamente me estendendo para me por na maca.
-Eu também te amo meu amor, eu tenho algo para lhe contar. - passo a mão na pequena barriga pouco existente.
-Eu sei sobre nossa filha, minha princesa! - ele diz sorrindo entristecido.
-"Nossa filha"? como sabe que é uma menina? e como sabe disso, eu ainda não havia lhe contado.
-Quando você estava com Damon, hackeamos a câmera do seu quarto e podíamos te ver e te escutar. Ouvimos você implorar pra Deus para salvar você e o nosso bebê, eu enlouqueci. Quando trouxemos você pra cá, lhe entreguei direto pros medicos pra salvarem você e ela.
-Oh meu Deus, é ela. - aliso a barriga chorando de alegria - vamos construir a nossa família, meu bem.
-Na verdade não era ela e sim elas... Alysson, as drogas e um pouco da queda que tivemos enquanto você estava desacordada, mataram nossa outra filha. - Ao ouvir aquilo senti uma pontada no coração, olho para baixo e depois para Tom, as lágrimas caem descontroladamente mas nenhum som é auditivo sai da minha boca. - Eu prometi estar aqui quando você ouvisse isso.
-Tom... - eu não conseguia formular nada, acabei de ouvir que uma das minhas filhas morreu, uma dor que nunca senti foi instalada no meu peito, ponho a mão no coração e respiro de forma irregular, está sendo difícil, eu não consigo respirar direito, céus.
