Palavras Sujas

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𝔞𝔩𝔶𝔰𝔰𝔬𝔫 𝔭𝔬𝔳'𝔰

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Sou acordada bruscamente com um aperto forte em meu pescoço me fazendo abrir os olhos em desespero, sua feição psicopata e desgastada era perturbadora, como ele está aqui?

Sua voz entupida e seu cheiro que exalava um fedor de queimar as narinas de álcool, o sorriso amarelo amedrontador.

-Achou que conseguiria fugir? - ele diz me olhando desafiante entortando a cabeça.

-Co-como você está aqui? Onde ele está ? - as palavras não eram formuladas diante do meu susto inesperado e o aperto forte no meu pescoço, já estava ficando agonizada.

-Isso não importa, está na hora de voltar pra casa não acha?, filha! - o imundo solta essa palavra de desgosto em sua boca tirando de mim uma feição de pura desgraça.

-Eu não vou voltar pra casa, essa é minha casa, me solta seu porra! - me debato em suas mãos, dou um chute em seu estômago fazendo meu corpo cair no chão.

-Parece que alguem voltou a ativa com os ensinamentos do papai, se eu souber que você errou um alvo com uma pistola eu uso sua cabeça como apoio de maçãs - diz massageando o local onde foi desferido o chute - eu não criei uma filha perdedora, não é atoa que você era um monstrinho.

-Tom! - grito seu nome esperançosa de tirar essa coisa horrenda da minha frente, onde ele está?

-"Tom"? - ele gargalha - quem diabos é "Tom"? Esse é o verdadeiro nome do Killer? Nossa, nome de cachorro.

-Por que clama por ele? acha mesmo que ele se importa com uma vadia podre como você? você mesma sabe que ele só gosta do que há no meio das suas pernas.

Fui jogada de volta na cama fazendo meu corpo quicar com o impacto e vou me arrastando pra trás batendo as costas na cabeceira.

-Sabe Alysson, depois que você se foi, não tive mais ninguém pra discutir - ele tira um canivete do bolso de sua calça - estava sendo chato sem você, e as marcas que o - ele ri - Tom deixou depois que os destroços do teto caiu em mim ficaram feias.

-Era pra ele ter atirado nesse troço minúsculo que você insiste em nomear de cérebro - grito com os olhos lagrimejados.

-Parece que nem mesmo ele conseguiu diminuir essa sua petulância, vadia estúpida! - murmura passando o canivete por seus dedos.

Ele segurou minha perna com força a estirando, passou seus dedos por cima me causando um enorme estremecimento e desconforto, o horror em minha frente passou o objeto afiado por cima da parte interna da coxa, apertava os olhos esperando pela dor junto a ardência e estava sentindo cada vez mais a lâmina perfurar minha pele.

Rangia os dentes e apertava os olhos "aah" solto um grito e respiro fundo.

-Alysson? - a voz de Tom invade meus ouvidos e me sento na cama em desespero perceptível.

-Tom, Tom - involuntariamente lhe abraço e deixo as lágrimas de meu trauma molharem sua blusa - era ele Tom, ele ia me machucar, ele, ele - me engasgo com a saliva, meu rosto estava encharcado de suor vindos de pura aflição e nervosismo junto a lágrimas que desciam velozmente.

-Ele quem Alysson? Eu não estou te entendendo - ele me abraçava confuso - ok. - se dá por vencido e para de perguntar, eram 03:47 da madrugada, meu travesseiro estava molhado junto ao meu coro cabeludo por causa do suor, por que esse pesadelo? O que seria isso? Espero que seja apenas uma ilusão de miséria momentânea que eu tenha passado.

-Venha - ele me estendeu a mão se levantando da cama, o olho confusa mas aperto suas mãos me dando força pra me levantar dos lençois macios e úmidos.

Ele me levou até a sacada, lá havia cadeiras onde comumente ele fumava nas madrugadas de insônia, ele se sentou numa cadeira e eu o olhava ainda sem entender.

-Sente-se - ele dá tapinhas em seu colo e me sento por cima do mesmo, ele pega minha cabeça colocando-a sutilmente por seu ombro e puxa minhas pernas, como se eu fosse uma criança de colo.

-Se acalme, você é forte e teimosa, sabe que isso não passou de um pesadelo horrendo, ele nunca encostaria em você Aly, não comigo por perto. - ele acaricia meu cabelo me causando a sensação novamente de sono.

-Era tão real Tom , eu senti suas palavras sujas sendo jogadas a mim, apesar de ser dura eu perto dele sou apenas uma criança indefesa, do que adianta- fungo meu nariz - enfrentar um gangster assassino se quando é pra enfrentar um verdadeiro monstro você não faz nada?! - eu sei que é era um sonho / pesadelo, mas eu o olhava em pavor puro, me passa um calafrio ao imaginar a sensação de horror que estava sentindo e raiva por lembrar que estava também me sentindo uma criança indefesa.

-Se aconchegue aqui, no meu corpo, se ajeite e tente dormir, eu vou estar aqui, vou te segurar se você gritar, vou te abraçar se você chorar, não precisa ser dura o tempo todo, você ainda é humana Argent.

Assim fiz, me movimentei por cima de seu corpo me confortando enquanto seus cafunés não cessavam, ele passava a mão por cima da curvatura do  meu nariz fazendo com que meus olhos o acompanhassem se fechando, não precisava de cobertor com a pele quente do Tom me aquecendo, seus carinhos estavam na minha cintura fazendo movimentos circulares, massageando-a, meus olhos já estavam pesados e minha pele quente.

Meu corpo foi levantado sendo levado de volta pra cama e solto um grunhido gostoso ao sentir o gelado e conforto do colchão, o local estava seco, provavelmente ele tinha me colocado no lado que ele estava dormindo, fui coberta novamente e Tom me puxou pra colar em seu corpo.

Ajeitei minha cabeça em seu peito macio abraçando seu tronco enquanto ele abraçava minhas costas.

-Você é horrível Kaulitz, mas comparado a ele, você é um anjo. - sussurro.

-Eu não sou um anjo princesa, mas um dia estarei irradiando o céu, como você!

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I Need a Gangster Onde histórias criam vida. Descubra agora