No outro dia, todos os participantes da competição já estavam em seus postos, prontos para partir para floresta a dentro.
Alana pulava e se alongava sem parar, se preparando para a corrida.
- Ô sapata! Ficar nessa pulação' aí não vai te fazer ganhar não! -Diego dizia firmemente, enquanto do lado de sua parceira, Helena, ficava com um pé na frente e o outro atrás, para ir mais rápido. - Eu não preciso nem de mi' alongar!
- Quem cê tá chamando de sapata, ô viado rural? Vem cá no fight pra ver se não vai gastar se alonga, vem! ‐a piauiense esbravejou e começou a andar em direção ao sul-mato-grossense, mas foi interrompida por Vitória, que passou no meio dos dois e segura, disse enquanto mostrava os biceps.
- E eu não preciso nem de correr! Andando mermo' eu passo na frente do cês tudo!
João, que estava mais afastado do povo briguento sentiu um arrepio na espinha. É uma competição de loucos pelo primeiro lugar! Ele não vai sobreviver!
- Jão..
De repente, uma voz melodiosa e angelical para os ouvidos do pernambucano soou em seu ouvido.
- Sim, minha deusa? -o moreno respondeu prontamente, agora observando a baiana a sua frente.
- Eu sei que não sou do teu time mas..chega aqui homem. ‐a de tranças disse, e logo o outro nordestino fez o que ela mandou para escutar o seu sussurro.
Maria Rita disse o que tinha de dizer, com a voz baixinha e arrastada. Em questão de segundos, João se levantou e arrumou a coluna, ficando com a postura perfeita.
Com uma voz confiante e rosto sério, o pernambucano a respondeu.
- Minha rainha, agora, eu tenho a força de mil homens. Vou ganhar pra você.
E assim, um monstro na jaula foi acordado.
- Mas espera..cadê o Eduardo, João? ‐a baiana perguntou, seu namorado logo procurando com os olhos a figura baixa e não o achando.
- João Pedro Siqueira da Costa..você perdeu o nosso filho? -Rita perguntou, mas seu sermão foi cortado por um som estridente de microfone com mal contato.
- Um, dois, três...testando..êta microfonin' cabra da peste..
De cima do palanque, Eduardo batia a mão no microfone na tentativa de faze-lo funcionar, e fazendo com que todos colocassem a mão no ouvido pelo barulho insuportável.
- Agora deu certo! -após o barulho passar, o cearense sorriu o procurou com os olhos alguém, lá de cima do palco.
- Ei, você aí! O que tá fazendo? Não pode subir aí! ‐Catalina gritou enquanto corria até o local.
- Pera aí senhorita! Só preciso dar um recadin' aqui! ‐o nordestino respondeu, e Maria Rita colocou a mão na testa, em pura vergonha alheia, enquanto João segurava a risada.
- Se eu, Eduardo Ferreira Batista, ganhar essa competição... ‐ele começou a dizer, com uma expressão superior e mão no peito, e então, apontou diretamente com o dedo indicador para Thiago, na plateia. - O Thiago vai me dar um beijo!
Então, todos que estavam segurando a risada, a soltaram sem mais delongas.
- Puff!! Não é possível.. ‐Ricardo gargalhava enquanto batia as mãos nas costas de Sandro ao seu lado com cara de zumbi. - Mas pra isso ele tem que concordar né cabecinha!
Ao carioca dizer isso, todos olharam para o paraense de uma vez. O coitado quase entrava em combustão de vergonha, suas orelhas saindo fumaça.
Vendo que o cearense ainda esperava uma resposta, Thiago soltou uma risada silenciosa e abaixou a cabeça, logo depois levantando sua mão e fazendo um joinha com o polegar em direção a Eduardo.
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Disorder!
FanfictionNa Academia do Futuro Brasileiro, realmente havia uma coisa nova todos os dias, mas agora com a nova turma do 3° ano A, a loucura é certeira a todo momento. Nesta história, você acompanha os dias escolares do último ano da turma mais diversa da esc...