XVIII- não posso evitar

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– E o time das lebres é..

– Time azul, composto por João e Philipe, e time verde, composto por Catarina e Matteo!

– O time das raposas..

– ..são os times vermelho e amarelo, composto por Ricardo, Sandro, Maria Rita e Thiago.

– E por último, o que sobrou, foi o time laranja, o time dos lobos! Mariana e Juan, vocês foram os escolhidos!

– Ei, não vale! Olha quem tá no time das raposas, o Thiago! Ninguém consegue correr dele! -Matteo esbravejou, porém, Francis apenas deu de ombros e disse um "fazer o que".

– Boneca, nós vamos ser o casal de raposas mais brabos dessa floresta! -Ricardo disse, abraçando o paulista pela cintura e direcionando o seu polegar para os dois, enquanto Sandro permanecia impassível com uma expressão apática.

– Você tá mais pra um cachorro burro.

– Poxa.

Logo, as lebres foram convocadas para o ponto de partida, enquanto as raposas foram direcionadas para a entrada do outro lado da floresta e os lobos para o lado contrário.

As lebres teriam cinco minutos para se esconderem ou fazerem o que quiserem antes das raposas entrarem no jogo. As raposas teriam três minutos para se preparar antes dos lobos entrarem no jogo.

O tempo começou a ser marcado e o time azul e verde partiram floresta a dentro.

Portanto o tempo não demorou a cessar e as raposas foram liberadas, agora o jogo iria ficar interessante. Todos iriam ser avisados quando os lobos entrassem.

~ ~ ~

– Tu tem certeza que não vão achar a gente aqui, Matt?

Catarina perguntava para o acriano acima de si, que olhou para ela com um sorriso convicente e fez um joia com o polegar.

– Absoluta! -ele dizia enquanto se arrumava no galho fino e sentia o vento bater forte no rosto e uma coisa viscosa cair na cabeça.

– Isso é merda de pássaro?! -ele perguntou para si mesmo, enquanto passava a mão pela cabeça e sentia o cheiro nada confortante da feze da ave, então logo limpou a mão numa folha do galho.

– É quase impossível um passarinho não cagar na gente aqui! Olha a altura que a gente tá! E se eu morrer?! -A santa-catarinense começou a sussurrar mais alto para o nortista, enquanto sentia a barriga revirar.

Os dois estavam numa árvore, mas não em uma árvore qualquer, numa árvore metros acima da cachoeira. Era possível ver a água caindo dali, e Catarina conseguia se imaginar facilmente se espatifando daquele galho fino e caindo como jaca podre no lago lá embaixo, provavelmente batendo a cabeça numa pedra e morrendo.

– Garota! Mas tu não quer sobreviver? Você acha que se um Thiago da vida nos achar a gente consegue correr? -o acriano olhou para a loira apreensiva que negou com a cabeça – Então fique quietinha que vai dar tudo certo! Só precisamos ficar aqui por mais.. -ele olhou no relógio de pulso, e engoliu seco – 37 minutos..

A sulista também engoliu seco e tentou não olhar para o grande vão abaixo de si, se não iria vomitar.

– Nossa vocês acharam um bom lugar pra se esconder, parabéns!

Uma voz soou, e Matteo sorriu com o elogio e fez uma expressão superior.

– Você curtiu? Eu que pensei! Afinal, eu vivia pelas árvores e não tenho medo de cair sabe..lá na casa da minha mãe-

Repentinamente, Matteo parou de falar e se tocou do que estava acontecendo. Seus olhos se arregalaram e sentiu seu suor escorrer frio pela testa.

Lentamente, virou sua cabeça para trás, e se deparou com o que menos queria ver.

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