"Égua! Agora fodeu de vez.."
Thiago pensou quando viu a onça se preparando para avançar.
Porém, quando menos esperava..
TUC!
Outro fruto caiu, mas dessa vez, na cabeça do bicho, e agora, o fruto tinha uma flecha agarrada em si, uma flecha lançada por ninguém mais ninguém menos que..
É, a única pessoa que carrega um arco e flecha por aí, não precisamos ficar citando nomes.
No entanto, Thiago não teve tempo de ver o rosto de Matteo, já que o acriano logo após lançar a flecha, deixou algo no chão e se escondeu com uma velocidade absurda atrás da árvore.
O paraense notou que o que seu primo havia deixado no chão era um..porra, era um bicho morto. O cabra era um gênio.
Não demorou muito para o animal se virar pra trás e sentir o cheiro tão amado de carne fresca, pronta para ser jantada. Thiago retornou a pose afrontosa, por via das dúvidas, mas não foi preciso, já que o felino pegou a comida com os dentes e saiu correndo para o meio do mato.
Assim, Matteo saiu de trás de árvore, suspirando fundo em alívio. Rapidamente a tensão de Thiago se esvaiu.
- Matteo..tu me salvou agora, homem.
- Eu sei, mas agora, a gente vai ter que sair daqui, tu sabe que não tem só essa onça por essas bandas, né?
Antes que pudesse responder, Thiago se lembrou do que tinha vindo fazer e desesperadamente começou a procurar por Eduardo.
O acriano suspirou novamente, dessa vez fundo. Tinha que estar muito apaixonado pra bater de frente com um bicho desses por alguém..
"Será que ainda vou sentir isso?" -o pensamento veio a cabeça do moreno, que encostado num tronco, corou ao ver que sua mente trazia o mesmo rosto sempre que pensava em romance. Um rosto bonito de um potiguar bronzeado e grande..
- Eduardo! Ei, Edu!
O paraense chamava o outro pelo nome e chacoalhava seus ombros, mas ao não obter respostas, apenas mordeu o lábio em aflição e chamou seu primo para o ajudar a o checar.
- Arriégua olha esse pé! Tá todo fudido! -o acriano dizia, observando o pé do cearense roxo e provavelmente quebrado.
Thiago não perdeu mais tempo, com cuidado, colocou Eduardo em suas costas e se levantou, olhando para o primo ao seu lado, que o olhava agitado.
- Tá escutando esse barulho? -ele o perguntou.
- Tô..a gente vai virar janta de onça se não sair daqui agora, eu já avisei.. ‐Matteo o respondeu, sacando seu arco e pegando sua flecha que estava agarrada na maçã.
Devagar, começaram a andar em direção ao atalho que o cearense havia pegado, para entrarem na zona segura novamente. Todavia, não foi possível, já que o paraense afirmou escutar patas pisando no chão por aquele lado, e seria muito arriscado.
- Eu vou por cima, vai devagar que eu cuido do caminho.. -o nortista mais baixo sussurrou, enquanto habilidosamente escalava a árvore alta e começava a ir por cima dos galhos das outras, que eram tão grandes que se emaranhavam, facilitando a passagem.
Em certa hora, Matteo jogou um pequeno fruto na cabeça de Thiago, para indicar que deveria parar de andar.
"Aí..precisava avisar assim?" -o paraense pensou, massageando a cabeça e olhando de canto de olho Eduardo em suas costas, enquanto tristemente ansiava para que chegassem no acampamento.
Matteo se preparou, e silenciosamente, utilizou da mesma técnica de antes. Atirou uma flecha em uma maçã, que por sorte, caiu novamente na cabeça de um dos felinos, que também andavam por ali.
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Disorder!
FanfictionNa Academia do Futuro Brasileiro, realmente havia uma coisa nova todos os dias, mas agora com a nova turma do 3° ano A, a loucura é certeira a todo momento. Nesta história, você acompanha os dias escolares do último ano da turma mais diversa da esc...