Capítulo 9

29 6 0
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


   DEPOIS QUE cheguei, fiquei pensando que o mais sensato era me afastar do Gabriel, afinal, não daria em nada eu estar apaixonado por um cara como ele.

   Por mais que o Gabriel fosse bonito e interessante aos meus olhos, eu tinha que manter o pé no chão, eu não queria passar por nada do que já tinha passado. Ele era um cara até disputado pelas meninas, mesmo que ele não ficasse muito tempo com nenhuma delas, mas ele sempre estava envolvido com alguma menina. Havia também o fato do pai dele ser reconhecido por ser uma pessoa muito difícil de lidar e também tinha o Paulo, que era um cara muito legal e me tratava muito bem e eu não queria machucar ele e se estava bem assim, por que mexer?

   Só que, alguém aqui consegue comandar os pensamentos e sentimentos? Porque eu não consigo e por mais esforços que eu fizesse para esquecer aquela ideia absurda de me envolver com o Gabriel, mais eu pensava, desejava, sonhava, queria e me apaixonava por ele.

   Imaginei que como ele estava muito bêbado, quando me disse tudo aquilo e me beijou, ele não lembraria de praticamente nada da noite anterior, se lembrasse, e como não estávamos mais no colégio, pois ambos estávamos estudando para ingressar na faculdade, era a chance que eu tinha de me manter longe dele e me convencer que era muito errado me envolver com ele.

   — Tadeu, meu querido - era minha mãe — Você pode ir ao mercado pra mim e trazer essas coisinhas? - ela me mostrou a lista em sua mão.

   — Está bem, coloca aí na mesinha que mais tarde eu vou e trago tudo.

   — Só que eu preciso de algumas coisas da lista para fazer o almoço.

   — Tá bem - deixei o livro aberto, virado para baixo, em cima da cama, levantei indo até a mesinha e olhando a lista.

   — Aqui o dinheiro. Não demore.

   Calcei um tênis, coloquei o dinheiro e a lista no bolso, peguei a chave da moto e fui para a garagem pegar a mesma para ir ao mercado. Eu até poderia ir andando, mas ir de moto era melhor e eu não traria peso.

   Quando liguei a moto, o meu primeiro pensamento foi no Gabriel e na noite anterior, neguei com a cabeça aquele pensamento e fui para o mercado.

   Peguei tudo o que minha mãe pediu, ou quase tudo, faltou cheiro verde que não tinha. Então coloquei as sacolas apoiadas no guidão da moto e fui até um pequeno hortifruti que havia ali perto, achei o cheiro verde, não tava bonito, mas tinha somente 3 maços e todos estavam iguais. Paguei e voltei para a moto, quando tirei ela do descanso e com os pés apoiados no chão eu fui virar ela para poder voltar para casa, Gabriel surgiu do nada e segurou no guidão da moto.

   — Oi.

   — Oi - respondi no susto.

   — Quer ajuda com as sacolas?

De anjo só o nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora