Capítulo 4

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   NO OUTRO dia, Tadeu foi para a aula e eu tentei assunto com ele, mas ele passou quase a manhã toda de cabeça baixa. Na hora do intervalo, assim que o Tadeu entrou no refeitório, começaram os buxixos e os risinhos...

   — Bicha! - o tal Afonso fingiu um espirro.

   — Viadinho...

   Tadeu deixou a bandeja de lado e saiu do refeitório, eu até tentei ir atrás dele, mas o Carlos levantou e perguntou se eles não tinham mais o que fazer, pensei que se eles fossem procurar uma briga eu não iria deixar o meu amigo sozinho, mas eles só riram.

   No fim das aulas naquele dia, eu disse ao Carlos que ia aproveitar que a biblioteca ainda tava aberta e ia apanhar um livro para um trabalho que a professora de inglês tinha passado, como ele não estudava na mesma turma que eu, não sabia se era verdade ou não.

   — Eu te espero.

   — Não precisa, vai pra casa, mais tarde eu vou lá.

   Ele foi caminhando devagar, até demais para o meu gosto, mas assim que vi ele passar pelas portas que dá acesso ao pátio, eu voltei até minha sala e notei que todos já haviam saído, menos o Tadeu que tava terminando de colocar suas coisas na mochila.

   Acompanhei ele até o lado de fora, dizendo que o levaria para casa, mas ele como sempre, estava se negando a me deixar acompanhá-lo, mas fomos em direção à rua e logo atrás da gente vinham uns moleques liderados pelos dois bandidinhos.

   — Cuidado, Gabriel, talvez ele queira te levar para casa e você ter que comer o cu dele...

   Tadeu só baixou mais a cabeça e eu apertei mais a alça da mochila e só esperei passarmos pelos portões do colégio.

   Assim que passamos, Tadeu e eu, eu parei e aguardei os moleques que vinham logo atrás. Lembrando a vocês que eu era mais velho que eles, maior e pouco tava me fodendo pra isso. Até porque, eu tava em menor número, se eles quisessem me matar, conseguiriam fácil, só que eu era cria na arte de praticar confusão.

   Quando o primeiro moleque colocou a cara fora do portão, eu já acertei a mochila na cara dele com bastante força. Eu não menti que iria na biblioteca, só menti dizendo que iria, sendo que eu já tinha ido, peguei ao menos umas 3 enciclopédias enormes e coloquei dentro da mochila.

   E quando acertei a cara do Afonso com a mochila cheia de livros, ele caiu sentado e os outros vieram pra cima de mim, dei espaço para trás, corri e meti os pés no peito do Marcos. Afonso levantou ainda atordoado, acertei ele novamente com um chute na boca. Os outros " amiguinhos" dos idiotas eram tão covardes, que nenhum deles entrou na briga. Se bem que não houve briga, só eu bati e bati com gosto. Porque eu queria mesmo machucar.

   Tadeu jogou a mochila dele no chão e veio me tirar de cima do Marcos, já que eu estava sentado em cima dele (e não era da forma mais agradável), com a mochila nas mãos e jogando ela na cara dele.

De anjo só o nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora