Capítulo 13

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   CHEGAMOS À orla da cidade, Tadeu parou e desligou a moto, eu desci da moto, ele tirou o capacete dele e veio apanhar o meu que eu já havia retirado. Mas ele não guardou ambos, só o que eu usei, o dele, ele segurou e começou a caminhar para a beira da praia.

   Ele deu dois passos, parou e me olhou.

   — Você não vem? - ele me chamou.

   Comecei a andar atrás dele até que o alcancei.

   — Eu queria poder lhe dar um presente... mas sendo sincero, não sei o que comprar ou se você iria gostar - ele disse caminhando ao meu lado.

   — Qualquer coisa que você me der já me faria feliz.

   — Tá feliz? Vai rolar festa amanhã?

   — Não posso dizer que tô feliz... mas tô bem. E não vai ter festa, ao menos não que eu saiba.

   Continuamos caminhando em silêncio. Até que ele parou, tirou o tênis e sentou-se sobre eles, colocando o capacete ao lado.

   Também tirei o meu tênis e fiz igual sentando ao lado dele.

   — Tadeu... eu queria conversar com você.

   — Pode falar.

   — É sobre aquela noite no acampamento...

   Ele respirou pesado, era como se aquela lembrança não tivesse o mesmo sabor para ele como tinha para mim.

   — Eu não consigo parar de pensar naquela noite, nem em você.

   Ele passou a mão no colar que eu dei para ele e olhou para a areia.

   — Talvez você queira esquecer aquela noite... talvez você queira voltar com o Paulo...

   — Gabriel... - ele não me olhava — Eu não vou mentir e dizer que não senti nada, que não lembro de nada... só que eu acho que não deveria ter acontecido. Você tem namorada e eu sou gay...

   — Eu não tenho namorada e não me importo se você é gay ou não.

   — E a Fernanda?

   — Eu não tô namorando ela, a gente só sai de vez em quando. Não vou mentir pra você e dizer que depois que te beijei, que ficamos, eu parei de gostar de menina. Mas muita coisa mudou, agora eu tenho certeza absoluta que gosto de garotos e principalmente, eu gosto de você. Tenho um puta tesão em você, não paro de pensar em conquistar você.

   — Eu não sei o que te dizer...

   — Que tal... feliz aniversário?

   Ele olhou o relógio em seu pulso e olhou pra mim, sorriu e me deu um abraço.

   — Feliz aniversário, Gabriel.

   — Tadeu...

   — Oi.

De anjo só o nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora