Capítulo 8

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    BEM, COMO sei que nesse livro o meu nome será citado inúmeras vezes, resolvi de livre e espontânea vontade, que vou narrar alguns fatos. Aviso a todos que não esperem um monte de mentiras só para deixar tudo mais fluído ou interessante, ao contrário desse paspalho (Não me olhe assim, Gabriel. Sim, ele tá me olhando torto), eu não gosto de mentiras, trabalho com fatos verdadeiros. Algumas coisas que ele narrou até agora não chegam nem perto da verdade absoluta, mas não vou ficar aqui fazendo correções dessas bobagens que ele falou, como também não vou narrar desde o início, pois não vale a pena a repetição, muita coisa que ele disse é sim verdade, algumas ele aumentou, outras ele contou só o básico... mas enfim, vamos aos fatos.

   O aniversário ao qual ele se referiu, foi o meu aniversário de 19 anos (Gabriel, fique sentadinho aí... e daí que eu falei minha idade?), e não sou 1 ano mais velho que ele, são somente alguns meses... e dias antes daquele aniversário, eu realmente fui pedido em namoro pelo Paulo. Eu sei que o que vou dizer agora, só vai inflar o ego desse paspalho, mas é a mais pura verdade e eu não fujo dela... Eu estava sim ficando com o Paulo, mas eu me sentia muito atraído pelo Gabriel e já fazia bastante tempo. Porém no início, eu pensava realmente que ele gostava só de meninas, e como todo gay ou sua maioria, temos um fraco para héteros safados, além do fato é claro, dele ser um descarado e trocar de garota como trocava de roupas, tinha também o fato dele ser muito brincalhão, estava sempre fazendo piadas, sempre brincando... então quando ele me disse que gostava também de garotos, eu não acreditei. Mesmo eu estando atraído por ele, até aquele dia do jogo de futebol, em que ele estava excitado nos vendo jogar, eu não acreditava que ele falava sério, quando eu notei ele excitado, corri os olhos pelo campo para ver se havia alguma menina por lá, mas a única mulher presente ali era a que trabalhava na limpeza e não acredito que ele seria tão louco a esse ponto (se bem que pode se esperar tudo do Gabriel).

   Então, quando eu percebi que poderia ser verdade, o fato dele gostar de meninos... fiquei me questionando, será que ele não era realmente gay e só ficava com meninas por não aceitar a sua sexualidade? Será que não era por conta do pai? Ou era mesmo que ele gostava de ambos os sexos?

   Depois que me dei conta que ele poderia ser bissexual, eu fiquei analisando o modo dele agir com os garotos da escola e comigo, ele tava sempre dando um jeito de estar perto, me tocar, fazendo piadas de duplo sentido... mas ele dava uma atenção toda especial ao Carlos e cheguei realmente a pensar que ele gostava do melhor amigo e muito provavelmente não tinha coragem de chegar nele. Sabendo que o Carlos nunca deu um sinal sequer de que era gay ou gostasse do mesmo sexo, ele era um cara sensível, extremamente educado e gentil, mas isso só mostrava o quanto ele tinha caráter, não tinha nada a ver com a sexualidade dele.

   Só que o tempo passava e as piadas de duplo sentido do Gabriel, me fizeram pensar que ele poderia realmente estar me cantando, talvez até interessado, mas ele não chegava em mim, na grande maioria das vezes, sempre me deixava entender que era somente uma piada. Daí pensei no episódio em que ele me defendeu dos colegas do colégio que estavam me enchendo, me fazendo pensar que tudo iria se repetir naquela escola, mas com a intervenção dele, eu passei a achar o Gabriel ainda mais interessante e torcia para que ele não estivesse só de piadinha comigo, que talvez ele estivesse mesmo interessado. Ele fazia total o meu tipo, Gabriel era muito lindo quando mais jovem, não era do tipo que tinha um corpo escultural ou que fosse cheio de músculos, mas ele tinha um rosto muito bonito, era engraçado e bem simpático. Até os seus... 19 anos mais ou menos, ele gostava de usar os cabelos um pouco maiores e eles eram todos anelados, bem pretinhos, tinha olhos pequenos e um sorriso cativante, e eu sou gay, óbvio que um garoto bonito chamaria a minha atenção, não seria diferente com ele. Eu poderia ter me defendido do falatório no colégio, além de ser na época, mais velho e já ter passado por um inferno, eu saberia como me defender, não deixaria que tudo se repetisse, mas ele brigar por minha causa, era só o que faltava para ele ser ainda mais interessante pra mim.

De anjo só o nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora