Capítulo 3

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   NO ANIVERSÁRIO da cidade, o prefeito resolveu fazer uma big festa, convenci o tio Jorge a falar com o meu pai para deixar eu acompanhar o Carlos até a festa, e para o tio Jorge, o cuzão do meu pai não disse não. Chamei a Rainara para acompanhar a gente e discretamente convenci o Kaká de chamar o Tadeu, que para a minha sorte, ele aceitou. Fiquei muito feliz, pois foi a primeira vez que vi ele sem o uniforme do colégio, já que ele não saía de casa, era somente de casa para o colégio e vice-versa. Como ele era lindo!

   Ele ficou a festa toda conosco e eu feliz da vida, mas queria me livrar da Rainara, talvez para mostrar ao Tadeu que eu estava disponível.

   Na verdade, eu nem sabia se as fofocas eram reais ou não, nem mesmo sabia se ele era mesmo gay ou não, mas não me interessava, eu queria ele e depois da rainha do gelo me dá um zilhão de foras, o que seria mais um ou dois? Fora que algo naquelas fofocas deveria ser real e eu rezava para que ele fosse realmente gay.

   Como eu dizia, eu precisava mandar a Rainara pastar (não no sentido literal da palavra, já que ela não era uma ruminante).

   — Rainara, tu não acha que tá ficando tarde e os seus pais podem achar ruim você estar na rua comigo até agora?

   — Ah, docinho (odiava, odiava, odiava esse modo dela falar. Na real eu só estava com ela pelos atributos carnais que ela me proporcionava, pois quando ela tecia elogios pra mim, eu tinha vontade de vomitar), o papai gosta muito de você e confia em ti. (ele era doido no mínimo, afinal, quem confia em mim?)

   Fiquei mancomunando alguma outra ideia para me livrar do diabetes ambulante, vulgo minha namorada.

   Meia hora depois...

   — Rainara, não tá cansada não?

   — Na verdade... (olha a minha esperança nascendo) eu tô com fome (e sendo fulminada).

   — Vamos comer alguma coisa - disse Carlos.

   Fomos os quatro comprar cachorro-quente e enquanto os demais comiam, eu continuava focado em mandar a minha namorada embora.

   Vou dizer, que tentei uma terceira e quarta vez, e nada. A peste da menina estava grudada em mim como um carrapato ( olhando por um ângulo bom, se é que tinha, eu deveria ser irresistível para ela não me largar, mas por outro ângulo... que merda!)

   Chamei o Carlos de lado e tentei convencer o meu amigo a me ajudar, sem que ele percebesse, claro.

   — Carlos, eu preciso levar a Rainara pra casa.

   — Leva.

   Revirei os olhos.

   — Mas ela não quer ir.

   — Tá divertido aqui, por que ela iria querer ir pra casa?

   — Kaká...

   — Teu cu, para de me chamar assim. Já te falei um monte de vezes que odeio quando tu me chama assim, que merda!

De anjo só o nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora