Capítulo 33

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   CHEGUEI MESMO a pensar que o filho poderia ser meu, mas seria muita sacanagem do destino se o bebê fosse meu. Não que eu não quisesse, mas o Tadeu se sacrificar tanto, transar com ela sem vontade por meses e no fim, eu dá umazinha e ficar um filho, era muito azar.

   Então, quando a gravidez foi confirmada, entramos em um acordo para contarmos para a Cora, isso porque a loira possuída não tinha minha confiança nenhum pouco e eu pensei sim que ela pudesse fazer alguma estripulia, perder o meu filho e termos de voltar a fazer tudo outra vez. Daí, conversando com o Tadeu, decidimos que ela ficaria conosco durante toda a gestação, assim poderíamos ficar de olho nela.

   Cora me fez inúmeras perguntas e para que ela não ficasse com raiva de mim e até decepcionada com a loira possuída, eu tive que colocar meus dotes em jogo.

   — Cora, sua neta foi um anjo nos emprestando a barriguinha dela.

   — Eu ainda não entendi essa história. Vocês não iriam adotar uma criança?

   — Então, tentamos muito, mas não deu certo, então a Bruninha se ofereceu... quer dizer, ofereceu a sua barriga para gerar um bebê para mim e meu marido.

   — E foi... como isso aconteceu? - olhei para o Tadeu, ele fez aquela cara que eu conhecia bem, o doido queria contar a verdade, mas isso com certeza implicaria na expulsão da Bruna de casa e com um filho nosso na barriga, acabaria que iríamos adotar a mãe também, além do nosso bebê.

   — Inseminação. O Tadeu doou o sêmen e a Bruna doou o útero. O óvulo foi de uma doadora anônima.

   — Por isso eu fui ao médico acompanhada do Gabriel naquele dia, vó.

   — Humm.

   — Olha, dona Cora, nós vamos dar todo o suporte para a Bruna, não vai lhe faltar absolutamente nada - disse Tadeu.

   — Inclusive, ela vai morar conosco até o bebê nascer e não se preocupe com nada, ela vai ter tudo do bom e do melhor que pudermos dar a ela - complementei.


   Nos três primeiros meses ela enjoava que era um horror, vomitava demais e chegou a perder peso. Conversei com o Tadeu se não era melhor que ela ficasse em casa ao menos até completar o quarto mês, já que não queríamos ter chance alguma dela perder o bebê.

   Mas ela disse que não ficaria em casa, que trabalharia até quando conseguisse. Nesse período também notamos as mudanças de humor dela... o banheiro vivia ocupado por ela, já que a mulher parecia um rio de tanto que fazia xixi.

   Passado esse período, vieram os desejos, mas as alterações de humor não mudaram muito, ela ria e chorava por nada. Também passou a ficar mais cansada e ganhou um pouco de peso. Praticamente eu grudei na Bruna, eu que acompanhava ela até o médico. Só quando ela entrou no sexto mês foi que o Tadeu passou a acompanhar a loira possuída nos pré-natais.

De anjo só o nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora