EU JÁ estava estagiando e combinei com o Tadeu que eu falaria logo com os meus pais sobre a minha sexualidade. E de mim para mim, pensei em depois, que dependo da reação deles, o que eu já imaginava que não seria nada, nada boa, eu pediria o Tadeu oficialmente em namoro e contaria aos meus pais sobre o nosso namoro ou não.
Porém não tive essa chance. Como eu disse, foi um período tenso e horrível para mim.
Eu tinha ido para o meu estágio, quando voltei à tarde, estudei para um teste que teria naquele dia e seria somente isso que iria fazer na faculdade e voltaria cedo. Para minha felicidade, o Tadeu também só iria à faculdade levar um trabalho ou algo assim. Daí, estudei por algum tempo e fui para a faculdade, não passei para pegar o Tadeu na empresa, nem na casa dele, pois o mesmo me disse que ia aproveitar a carona do tio Jorge que ia para uma reunião com um cliente.
Nos encontramos na saída, na verdade, quando cheguei, Tadeu já estava de saída, conversei com ele e ele disse que iria me esperar. Então dei a chave do carro para ele que me aguardou dentro do carro, já que estava um tempo meio feioso e chuviscava um pouco. Fiz o meu teste e até me saí muito bem, e fui rápido me encontrar com o meu loirinho.
Pedi para ele dirigir para casa e assim ele fez.
— Para na sua casa antes, para você não se molhar.
— Gabriel, eu posso correr até em casa.
— Não, vamos até a sua casa.
Assim ele fez, ele parou o carro na porta de sua casa, soltou o cinto de segurança, apanhou a mochila no banco de trás e fez um carinho no meu rosto.
— Obrigado por me trazer até em casa em segurança - ele disse.
— O carro que te trouxe e você dirigiu, mas eu mereço um beijinho por isso.
— Você está sempre barganhando tudo - ele deu um beijo na minha bochecha (o que devo dizer que foi decepcionante e muito brochante também), me sorriu e saiu do carro, apoiando a mochila acima da cabeça e correndo para casa, pois a chuva estava ficando mais forte.
Esperei ele entrar, o que ele fez depois de me dar um "tchauzinho" e então eu passei para o banco do motorista e fui para casa.
Parei o carro atrás do carro do meu pai, apanhei minha mochila e desci, corri até a casa e entrei.
— Gabriel, vem aqui! - chamou o meu pai.
Coloquei a mochila apoiada no ombro e fui até a copa, onde ele estava sentado à mesa com minha mãe e meu irmão.
— Vou colocar a mochila no quarto e já venho comer.
— Não, você não vai comer enquanto não me explicar que merda é essa?
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De anjo só o nome
RomansaUm advogado com um bom coração, muito senso de humor, corajoso e o seu pior defeito, ou seria sua melhor qualidade, ser o maior mentiroso que já se viu? Gabriel Ferraz, no auge dos seus 44 anos, casado, mas ainda muito descarado, se vê na obrigação...