Capítulo 22

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   ENTÃO VOLTAMOS a estaca zero, eu estava literalmente jogado no mundo, sem família, sem dinheiro, sem trabalho e o pouco dinheiro que eu tinha guardado, teria que durar mais que chiclete sem açúcar.

   Voltei para casa derrotado, casa essa que nem minha era, mas que eu posso dizer que passou a ser, já que os Couto me adotaram, mesmo eu já estando grandinho.

   Entrei e a tia Carmem estava na cozinha junto com a Cora, lembram dela? Sim, a senhora fofa que trabalhava na casa e para a qual o imbecil do meu genitor, não me deixou mandar um pedaço de bolo. Eu deveria ter enfiado o bolo no rabo dele, capaz até dele gostar. Mas voltando... elas não me ouviram chegando e só perceberam quando a tia Carmem apareceu na sala toda arrumada e ajeitando a alça da bolsa no ombro...

   — Coloca já as batatas pra cozinhar e... Gabriel? O que faz aqui?

   — Fui demitido, me jogaram na rua, tô sem emprego.

   — Ah, meu filho - ela tirou a bolsa colocando ela no sofá, se aproximou de mim e sentou ao meu lado me abraçando —, não fica assim, você vai conseguir outro e será bem melhor, não é Cora?

   — Isso mesmo, Gabriel.

   — Vocês são tão fofinhas - eu disse com o rosto apoiado no colo da tia Carmem que diga-se de passagem, oh mulher cheirosa!

   — Vai dar tudo certo.

   — Onde a senhora estava indo? - perguntei.

   — Fizemos a compra do mês na quinta-feira, mas fiquei de comprar alguns legumes, frutas e verduras... e também, hoje o Jorge disse que queria comer frango ensopado, então tenho que ir comprar.

   — Eu vou, tia. Não tô fazendo nada mesmo e assim a senhora não precisa pegar peso ou se cansar.

   Ela olhou para a Cora que confirmou com a cabeça.

   — Tem certeza que você quer ir?

   — Tenho.

   — Está bem, deixa eu anotar as coisas - ela pegou um bloco de notas e começou a escrever tudo o que precisava e me entregou, assim como um cartão — Se eu te disser a senha, você vai lembrar?

   — Vou sim, apesar do meu pai ter batido muito na minha cabeça, ainda está funcionando direitinho - ela riu.

   — Toma, pegue a chave da caminhonete e vá.

   Bom, só atualizando umas coisas, eu estava todo cheio de hematomas, com um dos olhos preto, porque roxo até ficaria bonitinho, mas estava preto, me deixando feio pra caralho, tinha um machucado na boca, estava com as mãos raladas e só me dei conta disso na hora do banho hoje pela manhã, devo ter ralado quando o meu pai me jogou na rua e eu apoiei nas mãos para não me foder mais do que já estava, não resolveu muita coisa, pois eu estava fodido mesmo e não era como eu gostava.

De anjo só o nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora