Capítulo 1 - Pesadelos numa manhã de sábado - Kara

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Olá, como estão? Bom, essa é a minha primeira fic, sou uma grande fã e órfã de supercorp. Amo ler as fics, mas ultimamente eu tenho sentido mais vontade de pôr em prática os malucos enredos da minha mente. Espero que gostem, acredito que ficou grande o capitulo kkkk mas a medida que eu for escrevendo eu vou me adaptando a escrita.

Um universo alternativo cheio de amor, uma criança fofa e muito supercorp/Karlena.

Abraços <3


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Star City – 04 anos atrás

A chuva caía intensamente do lado de fora do pequeno apartamento da caçula dos Danvers. A noite era iluminada pelos inúmeros raios e trovões, que balançavam as janelas. Seria assustadora aquela noite, mas o medo da loira não era o temporal; era ele. Kara não queria deixar as lágrimas fluírem através dos olhos azuis amedrontados, mas era impossível não chorar diante daquele cenário que a assustava tanto.

- Para... por favor... – Ela tentou implorar, mas outra vez ele ergueu a mão para a pequena Danvers. O tapa acertou em cheio a bochecha da loira; a ardência foi inevitável, o canto do lábio se abriu no momento, mas o golpe não foi nada comparado com as palavras que ele pronunciou em seguida.

- Eu te disse que você não teria essa coisa! Eu te avisei, Kara... – Ele disse incrivelmente calmo, o que a assustou ainda mais. Ela esperava gritos e mais alguns machucados; seria fácil assim, seria...

ATUALMENTE

Kara foi retirada dos seus devaneios por pequenas mãozinhas que acariciavam o seu rosto molhado e gelado.

- Mamãe, mamãe acorda, por favor... – A voz doce e melodiosa da pequena Zoe a despertou de imediato. Ver a mãe gritar e se debater a assustava mais do que o próprio bicho-papão. Ela só queria conseguir chamar sua tia Alex para ajudar a mamãe, mas não encontrou o celular de Kara.

- Ei... – A voz incrivelmente rouca e quebrada de Kara soou pelo quarto. Ela não queria ter tido esses pesadelos, mas eles estavam tão frequentes ultimamente.

- Você estava gritando de novo, mamãe. – Zoe disse baixinho, como se fosse mais assustador dizer em voz alta; sabia que a mãe não gostava de falar sobre isso. Sua tia Alex já tinha lhe explicado, - ela tentou - , quando a mamãe Kara tinha pesadelos, ela só precisava ficar quietinha, recebendo os seus abraços quentinhos, e que a criança deveria procurar a letra A no telefone da mamãe. Zoe tinha 3 anos, conhecia algumas letras, embora não soubesse de todas; ela sabia que a titia Alex era a letrinha A, seguida da letrinha L e tinha um emoji de coração; assim ela saberia para quem ligar em casos de pesadelos, ou quando o coração da mamãe ficava dodói.

- Estava? Hm... Me desculpe, meu amor. Mamãe já está bem, ok? – Kara questionou, acariciando o rosto da filha com extrema devoção.

Zoe era uma criança linda, muito linda. Os cabelos loiros ondulados, com alguns cachos nas pontas; pele branca como porcelana, dando destaque ainda mais para as bochechas rosadas e os incríveis olhos grandes e verdes. Mas não qualquer verde; às vezes, levemente cinzas, outros um tom de verde salpicados de azul. Era simplesmente o tom mais lindo de verde que Kara já havia visto; ela julgava ser único, esses olhos eram únicos para ela. Infelizmente, ela sabia que aquele verde era derivado dos olhos dele. Mas muito diferentes as tonalidades.

- Vem aqui, me dê um abraço bem apertado! – Kara disse, forçando a voz para soar menos rouca, menos quebrada. A criança não se fez de rogada, se jogou nos braços acolhedores da mãe e a abraçou com toda a força que conseguiu; queria proteger sua mamãe Kara de todo mundo. Mesmo tão novinha e não entendendo muitas coisas de pessoas grandes, Zoe sabia que alguma coisa deixava sua mãe muito triste, e sua mamãe sempre a deixou muito feliz; queria retribuir.

- Bom dia, meu amor. – Kara disse de olhos fechados, inspirando o cheiro dos cabelos da filha; aquele cheirinho doce que a menina tinha mesclado com os produtos de higiene, acalmava seu coração de forma que mais nada no mundo conseguia. – O que acha de tomarmos café da manhã com a tia Alex, hum?! Podemos ir no Noonan's! – Perguntou num tom animado, já sabendo a resposta da filha para aquela sugestão; a menina amava tomar café da manhã na cafeteria, era um dos seus programas preferidos. Principalmente quando tinha a sua tia preferida junto.

- Oba! – A menina desfez o abraço para poder pular na cama, demonstrando sua animação. – Vamos, mamãe, vamos por favor! Eu quero ver a titia Alex hoje! Será que ela pode me levar para andar na sua moto? – Zoe questionou rapidamente, e a euforia era tanta que a menina se esqueceu que estava preocupada com a mãe.

- Ei, calma! Respiração, amorzinho. – Kara pediu à criança, se sentando no colchão e segurando a cintura da filha, para impedir que ela se machucasse. Kara era uma mãe super protetora. Ela sempre achou que seria daquelas mães que deixam os filhos brincar no chão, correr descalços; bom... ela não era. Depois de tudo que passou para tê-la em seus braços, era simplesmente uma mãe neurótica. – Você ainda é muito pequena para andar de moto!

- Mamãe, eu já tenho quase... – Zoe olhou para a própria mão enquanto erguia quatro dedinhos – ... quase quatro anos! E a tia Alex disse que tem um assento especial para eu andar com ela! – A criança argumentou; ela queria muito andar na moto da sua tia, a mesma vivia dizendo que a moto era a melhor coisa que já comprara na sua vida, obviamente que isso deixaria a menina mais curiosa ainda.

- Bom, quase quatro ainda não é quatro, então você vai na sua cadeirinha e comigo! – Kara disse em um tom amoroso; não queria desanimar sua filha de ter esperanças de um dia andar com sua tia, embora ela soubesse que nunca deixaria isso acontecer.

- Agora vem, vamos tomar banho e nos arrumar. E torcer para sua tia Alex não estar trabalhando. – Kara se ergueu da cama. Quando o fez, observou como seu pijama estava colado em seu corpo; o pesadelo fora tanto que ela não notou o tanto que transpirou com isso. Com um leve balançar de cabeça, empurrou essas memórias para longe; queria focar seu dia em sua garotinha.

Zoe, sabendo que a mãe a pegaria, se jogou do colchão para os braços da mãe, a rodeando com os bracinhos no pescoço da loira maior. – Podemos tomar banho juntas? – Zoe questionou, os olhos com aquele tom de verde mais claro naquela manhã. – Assim podemos fazer barbas de espuma na banheira! E além disso, a minha professora disse que hoje seria sábado! A tia Alex não vai trabalhar! – Zoe disse com uma convicção de dar inveja.

- Querida, sua tia Alex não tem dia certo de trabalhar; ela precisa pegar os caras maus, mesmo aos sábados, mas irei mandar uma mensagem para ela, ok? – Kara questionou a filha, dando uma leve bitoquinha nos lábios dela. Zoe amava abraços e beijos, mas desde que começou a entender melhor as coisas, foi instruída tanto por sua mãe quanto por sua tia a não deixar ninguém a cumprimentar daquele jeito; só sua mamãe, as bochechas existiam para isso.

Kara apanhou o celular dentro do bolso do casaco e Zoe fez uma nota mental de procurar o telefone da mãe ali quando precisasse avisar alguém quando sua mamãe precisasse de ajuda. A pequena Danvers enviou uma rápida mensagem à irmã, a convidando para tomar café da manhã juntas, mas antes de esperar uma resposta, Kara caminhou para a suíte de seu quarto, para tomar banho com a filha.




SEGREDOS DO CORAÇÃO: Teias invisíveis de amor e mistérios (SUPERCORP AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora