SEGREDOS DO CORAÇÃO: Teias invisíveis de amor e mistérios (SUPERCORP AU)

Capítulo 17 - Eu preciso de ajuda

Lena sempre cuidou muito da sua saúde, sempre foi uma grande fã do seu corpo, mas somente a parte externa.

Lena nunca foi fã de cuidar de sua saúde mental, nunca deu a devida importância para isso. E por quê? Porque um Luthor não podia ser fraco. Ela mais do que qualquer um precisava ser mais forte, precisava ser o que foi criada para ser.

Com esses pensamentos, com vontade de mudar o poder que os Luthors tinham em sua vida, ela decidiu pela primeira vez na vida levar a sério seus traumas, precisava de ajuda.

Com esses pensamentos, Lena procurou pelos melhores psiquiatras de National City, afinal, agora residia ali. Não queria ninguém que fizesse parte da folha de pagamento de sua família, ou do hospital que agora lhe pertencia.

No meio dessas pesquisas encontrou a Dra. Kate Kane, psiquiatra muito recomendada, com bons artigos publicados, o currículo dela parecia muito bom, principalmente quando ela focava em trabalhar com traumas, uma terapeuta licenciada especializada em terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia de exposição ou outras formas de terapia que são eficazes no tratamento de transtornos de ansiedade e traumas.

Pronto! Aquilo foi o suficiente para Lena ligar para o consultório da mulher.

Óbvio que seu sobrenome lhe dava vantagens e ela usaria disso, conseguindo um horário para a manhã seguinte.

O melhor de tudo, Kate compunha o quadro de funcionários de elite do National City Hospital, era o melhor hospital da cidade, a privacidade deles era impecável, por isso ele era um dos hospitais que Lena ajudava, ela era fã da ciência e contribuía com muitos projetos de pesquisa dos médicos dali.

A Luthor mais nova se sentia estranhamente bem em dar esse passo em sua vida, ela era maníaca por controle e iria assumir o controle do que ela realmente sempre quis, o controle da sua própria mente.

- Por que esse sorriso? – Sam questionou observando Lena sentada no banco alto da cozinha, desfrutando de uma taça de vinho. A acastanhada se aproximou da amiga, servindo-se do vinho também.

Lena aumentou o sorriso, soltou um pequeno sorriso antes de levar a taça aos lábios, bebendo um pequeno gole do vinho. – Marquei uma consulta com uma psiquiatra nova. Ela parece boa, parece que vai conseguir me ajudar.

Sam piscou algumas vezes, Lena estava procurando ajuda? Aquilo era maravilhoso. A amiga sorriu e abraçou a de olhos verdes de lado, beijando o topo da cabeça da menor. – Isso é ótimo, Lena! Estou tão feliz por você!

- Obrigada, Sam. – Lena suspirou e brincou com a taça na mão. – Eu vim pra cá para fugir da minha família, para conseguir mudar o mundo, para não ser vista como uma Luthor que vai enlouquecer e dar câncer às pessoas. Mas eu sou a pessoa que mais me julga, eu tenho traumas que não sei lidar, eu tenho medos que ignoro e eu não quero mais fingir, Sam, eu não quero mais dizer que estou bem quando não estou, eu quero ficar bem, eu quero ser feliz. – As lágrimas escorriam pelo rosto pálido dela, estava dizendo em voz alta pela primeira vez tudo aquilo.

Sam estava emocionada junto com a amiga, ela sabia de algumas coisas, não todas, sabia que Lena tinha passado por algo terrível, algo que quebrou a morena por dentro, e poder vê-la querendo reagir depois de anos era realmente algo que a deixava feliz.

Você mais que ninguém merece ser feliz! – Sam exclamou, ela desejava aquilo mais para Lena do que para si.

As amigas conversaram por mais algumas horas naquela noite, relembraram momentos, fizeram planos, brincaram uma com a outra. Lena se sentia leve, pela primeira vez em anos. Pôde dormir bem.